A Associação de Rock em Angola acusa as autoridades angolanas de excluir politicamente o movimento Rock angolano e reivindica a integração deste género musical no sistema cultural do país, alegando que os Rockers são tratados de marginais.
Em declarações a Voz da América, Cláudia Pacheco, membro da Associação do Rock em Angola, disse que, “a sociedade angolana ainda pensa que o Rock é droga e sexo e quem faz Rock é rotulado de rebelde sem causa.”
Referiu que, Rock angolano tem sido condenado pelos sectores mais conservadores da sociedade angolana que demonstram resistência em introduzi-lo nos valores da sociedade em geral como forma de arte.
Ainda segundo a fonte, a classe empresarial angolana não apoia o movimento Rock porque a elite política do país descrimina esse segmento da indústria cultural.
Questiona o facto de as autoridades governamentais apoiarem outros músicos que, de acordo com Cláudia Pacheco, estão envolvidos em actos marginais e criminais, rejeitando os Rockers que talvez encontraram no Rock a única maneira de fazer o reconhecimento do ambiente novo e hostil que os rodeia.
Recentemente foi realizado no planalto central o Festival do Huambo denominado “ O Rock Lalimwe Eteke Ifa” uma expressão em língua nacional umbundu que em português significa “ O Rock Nunca Morre,” onde foi visível o emergir dum estilo musical fortemente influenciado pela música clássica, e pelas inovações tecnológicas.
Numa visão crítica, as bandas de Benguela, Huambo e Luanda retratavam uma sociedade marcada por graves problemas sócias, desde a falta de água, electricidade, acesso aos serviços de saúde e educação, bem como elevadas taxas desemprego no país.
O público não resistiu fúria, a energia escura dos Fios Eléctricos, Amnésia, Aconteceu, Black Soul, Before Cruch, Dor Fantasma, Singra, Metal Grave, Demencial, Paralelo State e do artista Beato. O evento foi organizado por Wilker Flores e Sónia Ferreira.
O rock and roll surgiu nos subúrbios dos Estados Unidos da América no final dos anos 1940 e início da década de 1950 e rapidamente se espalhou para o resto do mundo.
Há muita discussão sobre qual deveria ser considerada a primeira gravação de rock & roll, mas foi em 1955, "Rock Around the Clock" de Bill Haley se tornou a primeira canção de rock and roll a chegar ao topo da parada de vendas e execuções da revista Billboard e abriu caminho mundialmente para esta nova onda da cultura popular.
Em Angola, o Rock é um género musical que existe neste país africano há alguns anos sensivelmente desde a década de '90.
Actualmente diversos grupos de jovens lutam pela promoção e expansão do Rock no país, pois este género não é tão respeitado como os estilos de música nacionais de Angola. Graças a evolução tecnológica, estes jovens têm usado meios como a Internet para divulgar a sua música e promover shows, já que os meios de comunicação locais mostram-se desinteressados em promover aquele género musical.