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Luanda concorda em alojar vítimas das demolições de 2004


Luanda concorda em alojar vítimas das demolições de 2004
Luanda concorda em alojar vítimas das demolições de 2004

SOS Habitat está convencida que governo vai cumprir a sua promessa

O governo de Luanda acordou em dar alojamento ás vitimas de uma campanha de demolições levada a cabo há alguns anos atrás na capital angolana.

O acordo leva ao cancelamento de uma manifestação inicialmente anunciada para este dia 9 de Junho.

A manifestação destinava-se a protestar contra a falta de alojamento a pessoas afectadas pelas campanhas de demolições em Luanda de habitações consdieradas ilegais.

De acordo com fontes que participaram do decisivo encontro hoje realizado, as autoridades assumiram o compromisso de até Setembro, alojar as mais de 463 pessoas, vítimas de demolições das suas casas.

As fontes que vimos citando disseram mesmo que estas promessas ficaram registadas em Acta, o que dá maior segurança ao compromisso ora firmado.

Ao governo de Luanda que se fez representar por Carlos Kavukila, Director do Gabinete Jurídico, foi exigido que tornasse público um comunicado, como forma de comprometimento com as comunidades envolvidas neste processo.


Rafael Morais da SOS Habitat disse estar convendico que ao contrario do que aconteceu anteriormente as promessas serão cumpridas.

“O que se passava naquela altura é que as coisas eram tratadas de forma verbal. Nós exigimos que fosse feito um comunicado. E tudo está por escrito” sublinhou o nosso entrevistado.


Mas William Tonet jornalista e jurista disse haver alguma razão para duvidas.

“O que se passa é que vezes sem conta as autoridades negociam com os populares quando estão pressionadas mas não cumprem, " disse ele.

Esta marcha estava para ter lugar nesta 5ª feira e contaria com o apoio da conhecida organização de defesa do direito a habitação, SOS-Habitat.

Pelo potencial de grande aderência que se previa, as autoridades preferiram contornar o evento pela via negocial.

As demolições tiveram início em 2004 e como alvo, o município do Kilamba Kiaxi.

A maior destruição de um bairro aconteceu em Bagdad, no mesmo município, com cerca de 15 mil residências arrasadas e mais de 3 mil famílias afectadas, segundo a SOS.

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