A NATO e 5 outros países que participam nas operações militares na Líbia decidiram estender as suas operações naquele país por mais 3 meses.
Segundo a Aliança Atlântica a sua missão vai continuar a ser a de proteger os civis dos ataques governamentais.
O Secretário-geral da NATO Anders Fogh Rasmussen disse que a decisão da Aliança Atlântica, de um grupo de quatro países Árabes e da Suécia em prorrogar a intervenção militar na líbia envia uma mensagem clara ao regime do Coronel Kadhafi.
“Estamos determinados em continuar a nossa operação de protecção ao povo líbio. Iremos prosseguir os nossos esforços no cumprimento do mandato das Nações Unidas. Continuaremos a manter a pressão.”
A pressão contra Muammar Kadhafi foi também defendida na cimeira do G8 da semana passada em França, com a Rússia a associar-se as potências mundiais que estão a exigir a resignação do líder líbio. O presidente Barack Obama dizia a propósito que a NATO tem um claro objectivo.
“Concordámos que fizemos progresso na nossa campanha na Líbia, mas a missão do mandato da ONU não pode ser cumprida enquanto Kadhafi continuar dirigindo as suas forças em actos de agressão contra o povo líbio. E estamos juntos para concluir esse trabalho.”
A pressão parece estar a fazer efeito internamente na Líbia. Novas são as deserções que se vão anunciando. A agência tunisina de notícias indicou que mais 5 altos dirigentes do regime de Kadhafi atravessaram a fronteira no fim-de-semana em busca de refúgio na Tunísia. Vários oficiais militares anunciaram na Segunda-feira e a partir de Roma terem-se desertado e apelaram aos outros para fazerem o mesmo.
Mas o Coronel Kadhafi parece manter-se firme. Depois de um encontro ainda esta semana entre o líder líbio e o presidente sul-africano Jacob Zuma, Pretória afirmou que Kadhafi não deve sair ou seja abandonar o seu país. O presidente Zuma criticou igualmente a intensificação dos bombardeamentos da NATO na Líbia como estando a minar os esforços de mediação da União Africana.