Quase tres décadas de terror
Quatro nações centro africanas preparam-se para acelerar a procura de Joseph Kony e os elementos do Exercito da Resistência do Senhor – o LRA.
Dirigentes militares organizam uma campanha coordenada para acabar com quase três décadas de terror do LRA.
Ministros da Defesa e comandantes dos exércitos do Uganda, da República Centro Africana e da República Democrática do Congo debateram as regras de operação para uma ofensiva tendo em vista encontrar o LRA. O Sudão do Sul encontra-se envolvido na iniciativa, mas os seus representantes estiveram ausentes.
Responsáveis indicaram que os militares vão solicitar à União Africana e às Nações Unidas para apoiarem um mandato forte para a campanha.
O Comissário para a Paz e a Segurança da União Africana Ramtane Lamamra precisou que o objectivo não é apenas o de neutralizar o auto proclamado profeta Kony, mas a totalidade do bando de 150 a 200 seguidores.
Cerca de dois mil e quinhentos soldados já se encontram envolvidos na caça a Kony, e Lamamra sustenta esperar que o número possa duplicar com o desenrolar da campanha.
“O objectivo é ter cinco mil homens no teatro de operações, que cobre parte do território da República Democrática do Congo, a República Centro Africana e o Sudão do Sul. Teremos tropas dos próprios países e tropas do Uganda”.
Kony e o LRA têm desencadeado 26 anos de reino de terror no centro de África, atacando e pilhando aldeias, matando e raptando os habitantes, e fazendo deslocar milhões de pessoas das suas casas.
Comandantes militares ugandeses acusaram, o mês passado o Sudão de prestar ajuda ao LRA, uma acusação desmentida pelo governo de Cartum.
Os Estados Unidos classificaram em 2001 o LRA como sendo um grupo terrorista. O ano passado, o presidente dos Estados Unidos Barack Obama ordenou o envio de uma centena de conselheiros militares para a região do centro de África para cooperarem com as forças regionais.
No mês passado e numa audiência no Senado dos Estados Unidos, os parlamentares manifestaram a intensão de alargar o programa do Departamento de Estado de “Recompensa pela Justiça” para incluir Kony.
O secretário de estado adjunto para áfrica Johnnie Carson afirmou aos senadores que os Estados Unidos forneceram rádios e celulares a comunidades do Congo como parte da campanha para apresentar à justiça Kony e os seus seguidores.