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Estados Unidos-China: Pequim na defensiva em matéria de direitos humanos


Estados Unidos-China: Pequim na defensiva em matéria de direitos humanos
Estados Unidos-China: Pequim na defensiva em matéria de direitos humanos

As duas partes reúnem-se em Pequim para debater a questão dos direitos humanos seguindo-se conversações estratégicas e económicas. a alto nível em Washington no mês que vem

Apesar de opiniões divergentes acerca de várias questões, a China e os Estados Unidos, prosseguem os seus contactos bilaterais. Amanhã as duas partes reúnem-se em Pequim para debater a questão dos direitos humanos seguindo-se conversações estratégicas e económicas a alto nível em Washington no mês que vem.

O porta-voz do ministério chinês dos negócios estrangeiros Hong Lei enunciou alguns dos temas que Pequim pretende abordar durante os dois dias de conversações sobre os direitos humanos com responsáveis do governo americano.

Segundo o porta-voz chinês deverão ser debatidos os progressos dos direitos humanos nos dois países e a cooperação nesse domínio nas Nações Unidas.
Salientou contudo que a China se opõe à utilização dos direitos humanos como uma desculpa para a ingerência nos seus assuntos internos.

O porta-voz chinês afirmou que Pequim reconhece as diferenças entre a China e os Estados Unidos no que diz respeito aos direitos humanos, acrescentando que os dois países devem dialogar com base na igualdade e no respeito mútuo.

Numa breve declaração, o Departamento de Estados americano, afirmou que as conversações irão incluir os recentes desaparecimentos e de detenções sem culpa formada de dissidentes.

Acrescentou que entre outras preocupações do governo americano se encontram as questões do primado da lei, da liberdade de expressão e dos direitos laborais e das minorias.

Recentemente as autoridades chinesas detiveram dezenas de activistas dos direitos humanos numa vaga de repressão depois do aparecimento em vários portais da Internet de apelos à realização de manifestações semelhantes aquelas que se têm verificado através do Norte de África e do Médio Oriente.

Paralelamente as autoridades chinesas reprimiram os fiéis de uma igreja evangélica não registada oficialmente em Pequim impedindo-os de realizarem reuniões. Membros da congregação afirmaram que centenas de pessoas foram colocadas sob residência vigiada.

O embaixador americano Jon Huntsman, que deverá deixar o seu posto em Pequim no fim do mês, fez recentemente um discurso de despedida salientando a importância da comunicação em assuntos tão polémicos como os direitos humanos: “ no que se refere às nossas divergências, devemos levar a cabo um diálogo respeitador mas paralelamente frontal e honesto. A melhor maneira de consegui-lo é através da manutenção de um diálogo consistente a todos os níveis independentemente dos altos e baixos do nosso relacionamento.”

Os Estados Unidos são um dos países que têm vindo a apelar à China para que liberte os dissidentes incluindo o conhecido artista Ai Weiwei.

No mês que vem a secretária de estado Hillary Clinton e o secretário do tesouro Timothy Geithner receberão os seus homólogos chineses aqui em Washington para uma segunda ronda de conversações sobre questões estratégicas e económicas.

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