A Câmara de Comercio e Industria de Cabinda, acusa o governo da província de estar na base da falência do empresariado local.
Para o efeito aquela organização de comércio, dirigiu ao governador de Cabinda Mawete João Baptista um memorando onde manifesta a sua indignação pela discriminação que o empresariado local tem sido vitima.
No documento, os empresários acusam o governador de Cabinda de estar a contribuir para o empobrecimento da classe ao recusar ao pagamento da divida publica dos empresários de Cabinda que prestaram serviços ao executivo local.
A câmara lamenta a não implementação das promessas da construção de um porto comercial para Cabinda que segundo os empresários prejudica a implementação do estatuto portuário e aduaneiro aprovado pelo governo para a região.
Esta situação segundo a câmara de Comercio tem contribuído para o encarecimento do preço de produtos básicos de consumo e da vida das populações de Cabinda que se ressente com o elevado custo de vida.
A câmara denuncia existirem práticas discriminatórias na atribuição de privilégios a empresários provenientes de outros pontos de Angola em relação aos de Cabinda que segundo o documento, não são contemplados nos vários concursos públicos promovidos pelo governo local para o desenvolvimento local.
Muitos empresários de outros pólos de Angola recebem e executam obras sem participarem num concurso público.
Os empresários do ramo hoteleiro clamam por falência porque o governador da província decidiu arrendar as casas, inicialmente construídas para funcionários públicos, transformadas durante o campeonato africano de futebol em complexo olímpico aos estrangeiros ao serviço da indústria petrolífera.
A Câmara de Comércio questiona o destino dos dinheiros do fundo FICA e exige a apresentação de resultados contabilísticos sobre o investimento feito e a revelação dos empresários contemplados pelo mesmo fundo.
No seu documento a câmara de comércio e indústria apoiou as reivindicações no sector da saúde e apela a melhoria o saneamento básico nas ruas de Cabinda que considera a situação como um atentado a saúde publica.
Desmentiu a existência de obras no propalado parque industrial de Futila e desafia o governo da província a apresentar infra-estruturas que tenham sido erguidas no âmbito do projecto.
A câmara alerta ainda ao governador Mawete João Baptista que vai recorrer a instituições do poder central em Luanda para pedir explicações sobre a situação critica e de marginalização que os empresários de Cabinda estão votados.
Recorde-se que recentemente o Secretário do Estado para os direitos humanos António Bento Bembe considerou de miserável o custo de vida das populações de Cabinda.