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Trabalhadoras do sexo desfilam na baixa de Nairobi


A prostituição é ilegal no Quénia mas prostitutas exigem respeito e melhor tratamento por parte do governo

No Quénia, trabalhadores de sexo desfilaram, em pleno dia, na baixa da cidade de Nairobi, exigindo respeito e melhor tratamento por parte do governo. Activistas sustentam tratar-se de uma questão de direitos humanos, mas muitos espectadores não ficaram convencidos.

Usando mascaras negras e laranja para esconder as caras, um grupo de 40 homens e mulheres fizeram parar o trânsito para chamar a atenção para uma realidade evidente na capital queniana, mas raramente mencionada.

A marcha segue-se a manifestações similares noutros países, incluindo na África do Sul e na Namíbia, parte de um movimento internacional de trabalhadores do sexo.

A prostituição é ilegal no Quénia, mas os trabalhadores do sexo são um lugar-comum nas ruas da capital e nos bares e hotéis de luxo.

Komba Karofia foi uma das centenas de pessoas que se encontravam nos passeios a ver passar a manifestação.

“Penso que a prostituição sempre existiu, e é hipócrita que esta manifestação ocorra nesta rua. O governo não tem uma política sobre o assunto; nos livros a prostituição é ilegal, mas na prática o governo não aplica a lei.”

No início do ano o presidente da Câmara de Nairobi propôs legalizar a prostituição após ter recebido uma lista de queixas.

No entanto retratou-se imediatamente, após uma reacção popular, tendo indicado que a policia vai continuar a reprimir o que denominou de raparigas do crepúsculo e os seus clientes.

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