As Nações Unidas reafirmaram que a região do Golfo da Guiné necessita de uma estratégia regional para lutar contra a pirataria considerada pela ONU como uma ameaça à segurança e desenvolvimento económico dos países da região.
Durante duma intervenção no Conselho de Segurança, o subsecretário-geral da ONU para os assuntos políticos, Lynn Pascoe, afirmou que os países do Golfo da Guiné precisam de formar uma frente unida para responder com eficácia à crescente ameaça da pirataria nas suas regiões costeiras.
Segundo ele iniciativas isoladas são apenas temporárias e apenas fazem com que os piratas prossigam com as suas actividades criminosas nos países vizinhos.
Pascoe afirmou perante os representantes dos 15 países do Conselho de Segurança que a pirataria contra navios na região está a minar cada vez mais os esforços dos países do golfo para manter a paz e a estabilidade e promover o desenvolvimento socioeconómico. Salientou ainda que a ameaças está a ficar cada vez mais alarmante devido à crescente violência dos piratas.
Pascoe acrescentou que apesar das acções desencadeadas pelos países da região individual e colectivamente a ameaça não só continua a existir como também a aumentar numa zona onde são abundantes alvos de grande valor para os piratas.
De facto os piratas estão a recorrer cada vez mais a armamento pesado para atacar navios cargueiros. Contudo contrariamente aos piratas somalis os piratas do Golfo da Guiné não têm recorrido a raptos para a obtenção de resgates.
A maior parte dos ataques tem vindo a verificar-se ao largo da costa da Nigéria e do Benin tendo-se registado em 2011 34 incidentes de pirataria contra os 13 verificados em 2010. Muitos dos navios atacados são petroleiros e presume-se que o aumento do número de ataques esteja relacionado com a subida do preço do petróleo.
Na semana passada, o Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, alertou para os perigos associados ao aumento do crime organizado, tráfico de drogas e pirataria na África ocidental e Sahel; em causa a paz e a estabilidade nas regiões.
A maior parte dos ataques tem vindo a verificar-se ao largo da costa da Nigéria e do Benin.