A UNITA criticou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, por ter concluído a sua visita a Angola sem uma reunião com os partidos da oposição parlamentar.
"Faltou-lhe autoridade suficiente para impôr a sua agenda" nas discussões preliminares para a organização da visita, disse Alcides Sakala, porta-voz do partido do Galo Negro, à Voz da América.
Sakala considerou "infeliz", a declaração de Ban Ki-moon à saída de Luanda, em que disse: "Encontrei-me com o presidente do parlamento e esperava também ter tido oportunidade de me encontrar com os líderes parlamentares, incluindo da oposição. A minha mensagem para eles é que desempenham um importante papel no fortalecimento da democracia".
O porta-voz do Galo Negro dfisse que os partidos tentaram que o encontro se realizasse e "conclui-se que governo angolano impôs a sua agenda e tudo fez para que este encontro com a oposição, particularmente com a UNITA, não tivesse lugar".
Noutras ocasiões, disse Sakala, "felizmente a chanceller Merkel conseguiu fazer com que encontro entre ela e o nosso presidente Samakuva tivesse lugar, assim como o Dr. Cavaco Silva" porque na negociação dos preparativos "impôs-se que efectivamente que essas personalidades pudessem ver os partidos da oposição".
A UNITA pretendia sublinhar a Ban Ki-moon "a necessidade de ONU desempenhar um papel ainda mais importante nesta fase de transicão, numa altura em que há defice sobre os grandes desafios da governação, transparência e democraticidade", disse Sakala.
"Ao furtar-se a este encontro ficou com uma visão muito limitada" dos grandes desafios que Angola enfrenta, disse o porta-voz da UNITA.