O governo moçambicano decidiu criar uma caderneta de saúde da mulher.
A caderneta é de distribuição gratuita e as mulheres vão passar a utilizá-las durante as consultas pré-natais.
A realidade em Moçambique é avassaladora: Quatrocentas mortes por cem mil nados vivos. Onze mulheres que morrem, por dia por causa de complicações durante e depois do parto.
E foi precisamente para tentar evitar que mais mulheres morram que o Ministério da Saúde decidiu produzir o documento. Um documento de 77 páginas onde todo o historial obstétrico da mulher será registado.
Mouzinho Saíde, Director Nacional de Saúde Pública, explicou à VOA os objectivos que nortearam a introdução de uma caderneta de saúde da mulher.
A caderneta é de distribuição gratuita. As mulheres têm acesso a essas cadernetas de saúde durante as consultas pré-natais.
O documento é preenchido pelo profissional de saúde mas será conservado em casa, pela própria mulher.
Numa primeira fase, foram produzidos 500 mil exemplares. E desde que foi introduzida, pelo Ministério da Saúde, no dia 1 de Janeiro último, já foram distribuídas mais de duzentas mil cadernetas.
Em Moçambique, o número de mulheres em idade reprodutiva é de um milhão e quinhentos mil. E o Ministério da Saúde acredita que será possível cobrir todas elas, ainda este ano.
Mas, como sublinha Mouzinho Saíde, não é apenas a caderneta. Há outras medidas que estão a ser tomadas para reduzir o índice de mortalidade materno-infantil.
Caderneta que, para além de possuir informações úteis sobre as boas práticas e a educação para a saúde reprodutiva, foi concebida para conter dados completos, enfim, o historial obstétrico da mulher.
Ouça a reportagem do Francisco Júnior.
O governo moçambicano decidiu criar uma caderneta de saúde da mulher.