3 Fev 2011 - O valor das trocas comerciais entre a China e os países lusófonos atingiu um novo recorde em 2010 ultrapassando os 91 mil milhões de dólares. Cerca de dois terços desse valor corresponde ao comércio sino-brasileiro transformando a China no principal parceiro do Brasil e relegando para segundo plano os Estados Unidos e a Argentina.
A cada vez maior presença dos produtos chineses está a gerar apreensão entre os empresários brasileiros e alguns sectores falam mesmo da necessidade de aplicar tarifas alfandegárias mais elevadas.
Contudo segundo Matheus Sanches da Câmara Brasil-China de Desenvolvimento, essa realidade deve ser analisada por um prisma positivo e encarar a competição chinesa como uma oportunidade para melhorar a competitividade brasileira.
Matheus Sanches da Câmara Brasil-China de Desenvolvimento explicou por outro lado à VOA quais as razões que estiveram na origem do crescimento de cerca de 50% das trocas comerciais entre a China e o Brasil em 2010. Segundo ele, neste momento dois países complementam-se. A China precisa cada vez mais das matérias-primas brasileiras. O Brasil necessita de renovar as suas infra-estruturas contando com a experiência chinesa nesse domínio.
Ainda de acordo com Matheus Sanches, o crescimento das trocas comerciais bilaterais não vai abrandar nos próximos tempos prevendo-se mesmo que continue a aumentar exponencialmente devido à construção das infra-estruturas para os Jogos Olímpicos e o Campeonato Mundial de Futebol de que o Brasil será anfitrião.