O Senado dos Estados Unidos aprovou neste sábado, 2 de Dezembro, uma ampla reforma tributária, oferecendo aos norte-americanos uma série de mudanças a nível de impostos.
Esta pode ser a maior reforma tributária do país desde a década de 1980, representando um aumento do déficit americano em 1.5 trilhões de dólares, durante dez anos, nos já existentes 20 trilhões.
Segundo os republicanos, apesar do aumento da dívida, esta reforma vai contribuir para o crescimento da economia, o que os democratas refutam.
A minoria democrata argumentou não ter votado a favor por não ter tido tempo de ler as emendas à lei que foi aprovada durante a madrugada de Sábado.
Donald Trump por seu lado twittou dizendo: “Estamos um passo mais perto de entregar enormes cortes de impostos para famílias trabalhadoras em toda a América”.
Comemorando a vitória no Senado, líderes republicanos acreditam que os cortes nos impostos vão encorajar empresas americanas a investirem mais, reforçando o crescimento económico.
“Agora, temos uma oportunidade de tornar o país mais competitivo, de manter empregos que foram enviados para outros países e de fornecer um alívio significativo para a classe média”, disse Mitch McConnell, líder republicano no Senado.
O Senado aprovou a lei por 51 a 49 votos, com os democratas reclamando que as emendas de última hora, para conquistar republicanos cépticos, foram mal redigidas e são vulneráveis para serem exploradas, no futuro, por advogados e contabilistas da indústria da evasão fiscal.
“Os republicanos conseguiram arranjar uma lei má e torná-la pior ainda”, afirmou o líder democrata no Senado, Chuck Schumer. “Por baixo da escuridão, e com a ajuda da pressão, uma enxurrada de mudanças de última hora vão encher ainda mais os bolsos dos ricos e das grandes corporações com dinheiro”.
Nenhum democrata votou a favor da lei, mas o partido foi incapaz de bloqueá-la porque os republicanos têm maioria de 52 a 48 no Senado. Apenas um senador republicano votou contra, foi Bob Corker.
As discussões começarão, provavelmente na próxima semana, entre o Senado e a Câmara dos Representantes, que já aprovou sua versão da lei fiscal.
Trump quer que isso aconteça antes do fim do ano, permitindo que ele e seus colegas republicanos alcancem o primeiro feito legislativo de 2017. Os republicanos controlam a Casa Branca, o Senado e a Câmara dos Representantes.