O Ministério Público abriu uma investigação ao advogado Alexandre Chivale, por suspeita de crimes de branqueamento de capitais. A informação é avançada pelo diário Notícias, de Maputo, na sua edição de hoje.
Trata-se de mais um capítulo das incidências do julgamento das dívidas ocultas, que decorre na cadeia de máxima segurança, em Maputo, com 19 arguidos e dezenas de declarantes.
De acordo com a edição online do Notícias, Alexandre Chivale, afastado da defesa, está a ser investigado pela Procuradoria Geral da República (PGR), por suspeitas de branqueamento de capitais, tendo como veículos, as empresas Txopela Investimentos e Dandula, onde é administrador e sócio maioritário, respectivamente.
De acordo com o matutino, citando fontes não identificadas, as investigações surgiram após evidências da ligação do advogado com as duas empresas, alegadamente usadas para receber dinheiro da Privinvest em benefício de particulares.
Para o analista Alberto Manhique, a situação de Chivale já era previsível, a partir do momento que foram descobertas as suas ligações perniciosas e perigosas para o processo do julgamento.
Chivale, afastado do julgamento, por incompatibilidade, entre a função de advogado de defesa de alguns arguidos, alegadamente por ter ligações com a Secreta, foi constituído declarante no processo que corre termos na sexta secção do Tribunal Judicial da Cidade do Maputo.
Nessa condição, ele voltará à tenda das revelações, enquanto aguarda pelo desfecho do processo autónomo aberto pelo Ministério Público.