O antigo chefe da Armada da Guiné-Bissau Bubo Na Tchuto manifestou a sua disponibilidade em ajudar o seu país, depois de mais de três anos preso nos Estados Unidos por tráfico de droga.
"Estou disposto a apoiar o país, mas quanto ao meu regresso ou não ao activo isso já depende do Comandante em Chefe", disse Na Tchuto aos jornalistas após uma audiência com o Presidente da República na quarta-feira, 26, em Bissau.
O encontro do antigo homem forte da Armada e José Mário Vaz aconteceu no meio de vários outros que o Presidente da República manteve ontem para a indicação de um novo primeiro-ministro.
Como a VOA revelou na ocasião, Bubo Na Tchuto chegou a Bissau na madrugada do passado sábado, 22, proveniente de Nova Iorque com escala em Marrocos.
"Quando cheguei ao país o Presidente da República estava ausente, tinha viajado, portanto vim cá hoje cumprimentá-lo enquanto comandante-em-chefe das Forças Armadas", reiterou o vice-almirante que continua em casa desde que chegou a Bissau.
Preso a 4 de Abril de 2013 por agentes da Polícia Anti-Droga dos Estados Unidos (DEA) em águas internacionais, Na Tchuto foi trazido para os Estados Unidos e acusado de exportar droga para o país.
Depois de um acordo com a justiça americana, o militar foi sentenciado no passado dia 4 de Outubro a quatro anos de prisão, tendo o seu advogado, na altura, pedido a sua soltura “devido a bom comportamento”.
Bubo Na Tchuto só completaria os quatro anos a 4 de Abril de 2017.
Dois dos seus três colaboradores presos também na operação, Tchamy Yala e Papis Djeme, condenados a cinco anos e seis anos e meio de prisão, respectivamente, continuam detidos nos Estados Unidos.
Um terceiro colaborador, condenado a cerca de três anos, foi libertado e deportado para Portugal, de onde também é cidadão.