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Zacarias Chivave, antigo combatente, Moçambique
Zacarias Chivave, antigo combatente, Moçambique

“Nós somos valorizados, mas há certas coisas que atrasaram muito. Outros combatentes morreram de desgosto”. Quem assim fala é Zacarias João Chivave, antigo combatente da Frente de Libertação Nacional de Moçambique.

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“Não podemos esconder que há processos que foram mal administrados, seria cobardia. Mas já estão a resolver”, diz o combatente, nascido em 1951, na província de Cabo Delgado, uma das bases fortes da guerra de dez anos contra o colonialismo português.

Entre esses processos, constam as reformas e benefícios dos antigos combatentes.

Chivave, que cedo se juntou ao movimento de libertação, foi um dos condecorados pelo presidente de Moçambique, Filipe Nyussi na véspera da celebração dos 40 anos de independência. Recebeu a “Medalha de Bagamoyo” e dedicou à Luisa Chirindza, sua esposa. “Ela cuida muito de mim,” diz.

“Ao agraciarmos os nossos compatriotas com as insígnias dos títulos honoríficos e condecorações, estamos a valorizar e a reconhecer os seus feitos de valor e dimensão inestimável no processo da conquista da nossa liberdade e na construção e defesa do estado moçambicano,” disse Nyussi, na cerimónia.

No meio da celebração do título e dos anos de independência, Chivave revela o que gostaria de ver melhorado em Moçambique: Educação dos jovens, distribuição das receitas dos recursos naturais e “municiar mais o sector privado”.

Raul Domingos, líder do PDD de Moçambique
Raul Domingos, líder do PDD de Moçambique

Raúl Domingos, chefe da delegação da Renamo, no decurso das negociações com o Governo de Moçambique, na capital italiana, Roma, indica como um dos principais ganhos dos moçambicanos nos 40 anos de independência a demonstração de maturidade suficiente para alcançar a paz, após um longo conflito armado que destruiu o país.

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Domingos diz que as conversações de Roma, que culminaram com a assinatura do acordo geral de Paz, em 1992, tiveram o mérito de inculcar nos moçambicanos o espírito de diálogo permanente.

Contudo, contínua, “as eleições são o calcanhar de Aquiles do processo de democratização de Moçambique, porque não têm estado a reflectir a vontade do povo”.

Os órgãos eleitorais deverão investir “na transparência e imparcialidade,” apela Domingos, que depois de, no ano 2000, ter sido expulso da Renamo criou o PDD (partido para a paz e desenvolvimento).

Por seu turno, o jornalista Milton Machel, opina que em 40 anos de independência, Moçambique não conseguiu consolidar a unidade nacional e aponta o desenvolvimento económico inclusivo como um dos principais desafios do País.

Machel, formado em Ciências de Comunicação pela Universidade "A Politécnica", diz que a guerra civil, que dilacerou o País durante 16 anos, dificultou, sobremaneira, o processo de consolidação da nação moçambicana.

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