É “utópico” falar em negócio no turismo angolano, diz Carlos Bumba

  • Agostinho Gayeta

Angola, Benguela

Falta de investimento e aposta em sectores-chave impossibilitam a realização de turismo de massa.

O Presidente da Associação Angolana de Guias Turísticos, Carlos Bumba, refere que apesar de todo o potencial turístico em Angola, é “utópico” falar em negócio neste sector por conta de condições básicas, tais como, as dificuldades de obtenção de divisas e serviços cambias, as complicações de funcionamento da rede de cartões visa e 'mastercard', a instabilidade cambial e a inexistência de eletrificação e canalização de água potável em zonas de interesse turístico.

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É “utópico” falar em negócio no turismo angolano, diz Carlos Bumba


"É muito utópico falar em oportunidades de negócios no sector do turismo. Não temos eletrificação, não temos canalização de água potável, não temos terraplanagem nas zonas de interesse turístico", referiu o especialista.

Acrescentou que só se pode falar de oportunidades de investimento no sector do turismo quando houver uma aposta na educação e saúde, "porque não pode haver turismo e oportunidade se naquela localidade não haver um posto médico ou uma agulha”.

O Presidente da República, João Lourenço, recomendou recentemente a realização de "um profundo diagnóstico” ao sector do turismo para descobrir por que “razão é que, com todas as condições que Angola tem” o país não consegue ainda “verdadeiramente atrair turistas”.

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“O fator guerra está ultrapassado, já lá vão 22 anos, isentamos os vistos aos cidadãos de mais de 90 países, melhorámos o ambiente de negócios, no geral, e mesmo assim o que constatamos na realidade é que não sentimos a mudança necessária no que diz respeito à procura do nosso país como o novo destino turístico”, disse o Presidente.

Para o Chefe de estado angolano, é preciso um trabalho conjunto para uma viragem significativa no quadro do turismo de Angola e sublinhou a importância do turismo para a economia nacional.