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Angola escolhida como ponto turístico de 2024


 Tundavala
Tundavala

Empresários do setor alertam que faltam ainda condições para turismo em grande escala

Agentes e promotores do turismo na província angiolana da Huíla, querem que mais seja feito para se preparar a província e também o país para receber um previsto aumento substancial de turistas.

O portal de viagens da cadeia de televisao CNN,CNN Travel, considerou Angola como um dos dois melhores destinos turisticos dos seus 24 melhores locais para se visitar em 2024.

O portal sublinhou a importância de se explorar destinos que estão em grande parte por descobrir e fez notar que Angola faciltou recentemente a emissão de vistos turisticos e o governo angolano tem vindo a fazer publicidade de turismo em cadeias de televisão internacionais

Entre os pontos de atracção em Angola a CNN Travel fez notar a cidade do Lubango e a província da Huila, sublinhando a Fenda da Tundavala., as quedas de Calandula e as praias de Angola como a Barra do Kwanza e Cabo Ledo que descreveu de "paraisos de surfing".

O presidente angolano João Lourenço esteve em visita de trabalho precisamente na Huíla em que destacou fato de Angola ter isentado 98 países no âmbito da abertura do país ao turismo havendo o registo da entrada de muitos turistas.

Apesar de reconhecerem potencial na região sul, os empresário do turismo sugerem que se deve fazer mais para se tirar melhor proveito do sector que pode ter um peso grande na empregabilidade.

O empresário do ramo da restauração que opera nas províncias do Namibe e Huíla, Paulo Pio, refere que o país tem condições naturais para dar certo no turismo, mas sugere incentivos económicos para acelerar o sector.

Pio frisou a necessidade de acesso a juros bonificados e mais acesso também a empréstimos.

Empresário sublinhou a necessidade do estado “conversar” com os bancos “ para nos facilitar principalmente os juros, os empréstimos também facilitar as burocracias para tratarmos de um empréstimo para fazer um investimento”.

O presidente executivo da Associação de Promotores e Operadores de Turismo da Huíla, (HOTOUR), João Lopes, entende que o turismo em Angola tem sido feito com muito sacrifício dos seus agentes e defende a construção de mais infraestruturas e que o estado coloque o turismo nas suas prioridades.

João Lopes identifica a formação como outro desafio a atacar.

“ Não podemos continuar a ter guias de turismo que não têm formação”, disse afirmando que muitos “têm feito esse trabalho, muitos deles sem conhecimento cabal muito deles sem estar devidamente cadastrados muitos deles sem ninguém os conhecer”.

“A formação é fundamental, nós temos que ter ética, temos que ter conhecimento de línguas porque a maior parte dos nossos turistas vêm aqui da África Austral que agora cada vez mais a porta está aberta porque já que houve a isenção de vistos”, disse.

“Nós vamos ter uma avalanche para a qual não estamos preparados e tem que haver essa preocupação”, acrescentou Lopes para quem “o governo está a investir no turismo mas a pôr a carroça à frente dos bois, porque está a publicitar Angola, mas Angola não está preparada”.

O governo da Huíla admite trabalho a fazer no sector, segundo o director do gabinete da juventude, desportos e turismo, Osvaldo Lunda.

“Nós sabemos que ainda não temos as nossas potencialidades transformadas em produtos turísticos como tal esse o próximo passo que o governo provincial da Huíla tem estado a trabalhar com as administrações municipais”, disse.

Os empresários também apoiam as responsabilidades repartidas entre o sector privado e o estado, tal como defendeu o presidente João Lourenço, mas alertam para os problemas básicos que precisam de ser vencidos.

Cláver Cruz artista plástico no Lubango considera que a sua actividade que tem impacto no turismo sofre bastante com a falta de apoio.

“ As artes vêm dar uma voz muito mais abrangente em relação àquilo que é a nossa realidade turística e são sectores muito afins. Penso que prejudicar as artes ou não prestar atenção as artes é não prestar atenção ao turismo e não prestar atenção ao turismo é não prestar atenção à cultura e não se admite um país não valorizar a cultura. Sem cultura não há nação sem cultura não há povos”, disse

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