STP: Estado de saúde de Evaristo Carvalho reacende a polémica sobre a cessação do seu mandato

Evaristo de Carvalho, Presidente de São Tomé e Príncipe

O Presidente são-tomense, Evaristo Carvalho, teve hoje, 16, alta médica, depois de dois dias no Hospital Central Doutor Ayres de Menezes, em São Tomé, onde foi operado a uma hérnia inguinal por dois cirurgiões cubanos.

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STP: Estado de saúde de Evaristo Carvalho reacende a polémica sobre a cessasão do seu mandato

Uma fonte médica disse que Evaristo Carvalho está bem e vai estar sob acompanhamento em casa.

Mas até ao momento não há qualquer informação do Governo sobre o assunto, o que acabou por ser mais um ingrediente na polémica sobre a cessação do seu mandato no próximo dia 3 de Setembro.

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O PCD, o partido de militância do presidente da Assembleia Nacional, Delfim Neves que pretende assumir o cargo interinamente, pela voz de Arzemiro dos Prazeres, considera que perante o quadro clínico do Chefe de Estado, haverá vagatura do cargo.

“Provavelmente, o Presidente da República vai ser evacuado para o estrangeiro por falta de condições no nosso hospital, e certamente por um longo período e estaremos perante vagatura do cargo”, disse Prazeres.

Entretanto, um jurista que pediu anonimato, disse à VOA que com esta nova situação “pode haver espaço para impedimento na continuidade do cargo, mas, estando no seu perfeito juízo só mesmo o Chefe de Estado pode o declarar caso seja mesmo necessário ser evacuado”.

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Segunda volta

O analista Alcídio Montoya disse que nenhuma situação nova neste processo pode impedir a realização da segunda volta das eleições presidenciais entre os candidatos Carlos Vila Nova, apoiado pela ADI, na oposição e Guilherme Posser da Costa com o apoio do MLSTP-PSD, no poder.

“Seja o que vier a acontecer com o mandato do actual Chefe de estado o que não pode acontecer é o adiamento por tempo indeterminado da segunda volta das presidenciais”, defendeu Montoya.

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Outro analista, Celso Junqueira, considera que por ética Delfim Neves, candidato presidencial derrotado na primeira volta, deveria se distanciar desta polémica.

“Deste que Delfim Neves anunciou a sua candidatura ele deveria, por ética, afastar-se do cargo de presidente da Assembleia Nacional”, disse Junqueira.

A Assembleia Nacional agendou para esta terça feira, 17, uma reunião da sua comissão permanente, que deverá decidir a data da segunda volta das eleições presidenciais.

A prorrogação do mandato do Presidente da República não foi agendada para discussão pelo parlamento.