O maior partido da oposição são-tomense, ADI, acusou, nesta sexta feira, 13, o Presidente da Assembleia Nacional, Delfim Neves, de preparação de um golpe para assumir ilegalmente a presidência da república.
A denúncia do partido que apoia a candidato mais votado na primeira volta das eleições presidenciais de 18 de julho acontece horas depois da Assembleia Nacional ter adiado pela segunda vez consecutiva a reunião plenária, que deveria fixar 29 de Agosto como data para a realização da segunda volta das eleições.
Em conferência de imprensa o Secretário-geral da ADI, Américo Ramos pediu a intervenção da comunidade internacional, face ao que chamou de tentativa de golpe palaciano orquestrado pelo presidente da Assembleia Nacional, Delfim Neves, o candidato presidencial que ficou em terceiro lugar na primeira volta das eleições.
“Este golpe visa perturbar a realização da segunda volta das eleições e retirar ao povo São-tomense o seu direito de se expressar livremente nas urnas”, afirmou o dirigente do maior partido da oposição, sublinhando que o presidente do parlamento derrotado na primeira volta das eleições pretende ocupar ilegalmente o cargo de presidente da República.
“Há uma estratégia fraudulenta para que o senhor Delfim Neves ocupe o cargo de presidente da República por tempo indeterminado depois do dia 3 de Setembro, data em que termina o mandato do actual Chefe de Estado Evaristo Carvalho”, disse o secretário-geral da ADI.
O analista Liberato Moniz diz que a situação no país é tensa, mas acredita no bom senso dos políticos.
"E para mim o bom senso é permitir que seja o actual presidente da República, Evaristo Carvalho, a passar a pasta ao presidente que será eleito na segunda volta", diz Moniz.
