Uma conferência sobre florestas em Moçambique arranca esta quarta-feira, 15, numa altura em que se afirma que, nos últimos 15 anos, o país perdeu quatro milhões dos seus cerca de 40 milhões de hectares, por causa da exploração desenfreada deste recurso.
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A conferência, organizada pela Procuradoria-Geral da República, contará com a participação de governadores das 11 províncias moçambicanas, líderes comunitários e representantes de organizações da sociedade civil, bem como do Brasil, China e Tanzânia.
O objectivo é criar uma consciência nacional sobre o valor das florestas para travar a exploração sem regras.
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O magistrado Vasco Macamo, da Procuradoria-Geral da República, disse que "as florestas estão a ser atacadas, inclusivamente, por aqueles que deviam defender, em primeiro lugar, que são as comunidades locais, que ultimamente se empenham na actividade de exploração florestal fora do quadro legal".
Os chineses têm sido acusados de serem os principais responsáveis pela destruição de florestas em Moçambique, e o analista Moisés Mabunda diz que se o são, é porque alguém lhes abre a porta.
"Há um apadrinhamento nesta actividade, e é esse apadrinhamento que interessa esclarecer muito devidamente", destacou aquele analista.