Moçambique perdeu, nos últimos 15 anos, cerca de quatro milhões de hectares de floresta, devido à exploração desordenada e outra acções humanas.
As províncias de Nampula, Manica e Sofala são as regiões do país que apresentam as maiores taxas de desmatamento, segundo dados apresentados por especialistas do sector florestal.
Este cenário, dizem os especialistas, está a ganhar contornos preocupantes.
Tal é agravado pela fraca reposição destes recursos, revela o especialista Credêncio Mahunze.
"A província de Nampula, nos últimos 15 anos, perdeu mais de metade da sua área florestal, e se o ritmo continuar, nos próximos 10 anos, podemos não ter florestas nos próximos dez anos", diz Mahunze.
Moçambique perde elevadas somas com a exploração ilegal da madeira, cujo mercado principal é a China,.
Pelo menos 540 milhões de dólares da venda de madeira não foram para os cofres do estado, entre 2003 e 2013.
Para Rito Mabunda, coordenador do programa de florestas no WWF-Moçambique, a suspensão de madeireiros ilegais poderá melhorar a gestão.
Celso Correia, ministro da Terra e Ambiente, diz que o governo aposta na reforma do sector de florestas e em novos modelos de fiscalização.
Exemplo dessas medidas é a “Operação Tronco”, queteve lugar em Março, e detectou mais de 400 casos de violação das reservas de exploração madeireira.