Personalidades e analistas angolanos receberam com satisfação a decisão do Presidente João Lourenço deexonerar Isabel dos Santos da presidência do Conselho de Administração da Sonangol que, para eles, constituem a “reposição da legalidade”.
Your browser doesn’t support HTML5
O político Fernando Macedo diz que Lourenço dentro da legalidade constitucional, “visando repor uma situação de ilegalidade que representou um acto de nepotismo praticado por José Eduardo dos Santos”.
Macedo lembra, por outro lado, que o Presidente da República “está a gizar novas políticas, com agentes políticos que tenham capacidade política e técnica, que a engenheira Isabel dos Santos provou não ter”.
O antigo primeiro-ministro Marcolino Moco também é de opinião que Lourenço está a eliminar o acto de “nomeação escandalosa da filha por parte de José Eduardo dos Santos para dirigir uma empresa da dimensão da Sonangol”.
A reposição da ética é destacada também por Elias Isaac, representante da organização não governamental Open Society em Angola.
“O que estava a acontecer em Angola é que a família presidencial estavaa tomar conta do país”, denuncia Isaac que diz ver com bons olhos que “as instituições estão a ser normalizadas”.
Aquele activista é também de opinião que esta decisão indica um novo caminho “que levará ao fim dos monopólios e também à utilização de recursos humanos que não têm si aproveitados”.
O também jurista Marcolino Moco diz não haver indicação que “João Lourenço esteja a substituir gente de José Eduardo dos Santos pelos seus homens, até porque muitos deles trabalharam com o anterior Presidente da República”.
O novo PCS Carlos Saturnino foi afastado a 20 de Dezembro de 2016 por Isabel dos Santos de presidente da principal empresa do grupo petrolífero estatal, a Sonangol Pesquisa & Produção, alegando "desvios financeiros".