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UNITA quer que Parlamento investigue o Fundo Soberano de Angola


José Filomeno dos Santos, presidente do Fundo Soberano
José Filomeno dos Santos, presidente do Fundo Soberano

Alcides Sakala refuta qualquer ideia de perseguição aos filhos de José Eduardo dos Santos

Uma eventual investigação às responsabilidades políticas e administrativas no "descaminho de verbas" do Fundo Soberano de Angola (FSDEA), não é inicio de qualquer perseguição aos filhos do antigo presidente da Republica, diz a UNITA, que pretende propor a criação de uma Comissão Parlamento de Inquérito.

O porta-voz do principal partido da oposição Alcides Sakala diz esperar que a Assembleia Nacional aprove a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), apesar de o MPLA ter a maioria qualificada

Em conversa com a VOA, Sakala nega qualquer perseguição aos filhos do antigo Presidente da Republica, mas reitera que o seu partido quer ver todos os “gatunos” responsabilizados criminalmente e por isso exige igualmente à Procuradoria Geral da República a assumir as suas responsabilidades constitucionais e legais.

Quem corrobora a mesma opinião é activista e jurista Walter Ferreira que entende que a UNITA com essa iniciativa pretende atrelar-se à campanha da luta contra corrupção prometida pelo Presidente da República, João Lourenço.

“Não é nenhuma perseguição, mas a UNITA está apanhar a boleia pelas intervenções que tem sido feitas por João Lourenço” sublinhou.

Ferreira apela a UNITA a ter uma agenda parlamentar própria para não andar na cauda de Lourenço.

“A UNITA quer criar um facto politico, tem que ter uma agenda própria porque está claro que estes são os sinais que vêm do Presidente”, defendeu Ferreira.

A posição da UNITA consta de um comunicado do secretariado executivo da comissão política daquele partido, na sequência do que consideram ser "mais um escândalo que mancha o bom nome" do país, em referência às dúvidas sobre o FSDEA, que gere activos do Estado no valor de 5.000 milhões de dólares, no âmbito da investigação jornalística internacional denominada 'Paradise Papers'.

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