Alguns partidos da oposição continuam a queixar-se da falta de credenciamento de delegados para as assembleias de voto na província angolana de Huambo.
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UNITA, CASA-CE, PRS e FNLA consideram ser difícil classificar de justa a votação por dificuldades no controlo dos votos.
O secretário provincial do PRS revelou à VOA que mais de 300 delegados do seu partido ficaram de fora da fiscalização das assembleias de voto, num universo de dois mil delegados.
Antonio Solembe disse que a justificação das autoridades não é convincente, segundo as quais, houve duplicidade de dados e por conseguinte o sistema rejeitou.
“Eles alegam duplicidade. Nós recebemos em Junho os aparelhos informáticos com alguns dados já inseridos. O que não se percebe é que este facto impossibilitou-nos de inserir de dados dos delegados de listas”, revelou Solembe.
Com este cenário os partidos da oposição entendem ser difícil acreditar nos resultados por não terem sido fiscalizados.
A UNITA revelou a sua estranheza pelo facto dessa situação acontecer apenas com os partidos da oposição.
O MPLA “não vem a público reclamar porque está tudo bem. O que nos consta é que o PRS, UNITA, CASA-CE e FNLA estão a passar por isso. O problema é a empresa SINFIC, contra a qual protestamos por estar à frente do processo”, denunciou o secretário provincial da UNITA Liberty Tchiyaka.
A VOA procurou contactar as autoridades da CNE provincial mas sem sucesso.
A província do Huambo é considerada a quarta praça eleitoral do país e conta 763.936 eleitores.
Na província foram constituídas 957 assembleias, compostas por duas mil e seis mesas de voto, que serão asseguradas por mais de 10 mil elementos, entre membros das mesas de voto, operadores e assistentes eleitorais.