A pouco menos de 48 horas em Luanda, os observadores da CPLP terão uma missão circunscrita à capital angolana, segundo o chefe de delegação, Miguel Trovoada.
O antigo presidente da São Tome e Príncipe afirma que razões ligadas à organização fizeram com que a CPLP estivesse representada por apenas 15 membros.
Entretanto, Trovoada considera como sendo pacífica a campanha que terminou na segunda-feira, 21, e manifestou a esperança de que os resultados eleitorais sejam apurados de forma transparente.
Luís Jimbo, responsável do Instituto Angolano de Sistemas Eleitorais e Democracia também manifesta o desejo de que as eleições decorram de forma pacífica, mas afirma não ter havido durante a campanha a participação da sociedade civil na educação dos eleitores.
O responsável cívico diz também que nos últimos dias tem havido por parte dos candidatos uma linguagem de apelo à violência.
Entretanto, já em Luanda, o chefe da missão de observação da União Africana (UA) disse que o processo eleitoral angolano "está a funcionar com normalidade".
O antigo primeiro-ministro cabo-verdiano José Maria das Neves disse aos jornalistas n segunda-feira, 21, que os 40 observadores estão no terreno e têm feitos muitos contactos, com todos os envolvidos no processo.
“A ideia é que no quadro legal e institucional todos contribuam estabelecendo pontes, compromissos, consensos, para que as eleições decorram na normalidade, contribuam para a dignificação de Angola, para a dignificação da África, para a consolidação do Estado de Direito e Democrático e termos as condições de neste século XXI cumprirmos a agenda de 2063, que é extraordinariamente importante para o futuro do nosso continente", frisou José Maria Neves.
Por seu lado, a oposição política diz que o Governo e CNE impediram que muitos observadores internacionais presenciassem as eleições angolanas, segundo Adalberto da Costa Júnior, da UNITA