Angola e Moçambique constam da lista de 12 países onde a construtura brasileira Odebrecht e seu braço petroquímico Brakem gastaram 3.3 mil milhões de dólares americanos em subornos a membros do governo para ganhar projectos.
Em Angola, no período 2006 e 2013, a Odebrecht gastou 50 milhões de dólares; e em Moçambique, entre 2011 e 2014, 900 mil dólares para ganhar contratos públicos.
Uma nota do Departamento de Justiça dos Estados Unidos informou, esta semana, que as duas empresas admitiram a fraude e deverão pagar 3.5 mil milhões de dólares americanos para encerrar o caso, que é considerado o maior suborno estrageiro na história.
Para realizar as operações, disse aquele Departamento, a Odebrecht criou uma unidade para exclusivamente gerir o pagamento de subornos.
Além do próprio Brasil e dos dois países africanos citados, o suborno foi para funcionários governamentais da Argentina, Colômbia, República Dominicana, Equador, Guatemala, México, Panamá, Perú e Venezuela.
A multinacional construiu em Moçambique o Aeroporto de Nacala.
É a segunda vez em menos de seis meses que uma empresa brasileira é citada em casos de alta corrupção em Moçambique. Recentemente, o Departamento de Justiça condenou a Embraer num caso de suborno na venda de aviões a Linhas Aéreas de Moçambique (LAM).
Contrariamente ao novo caso, em relação à Embrael foram divulgados os nomes de Mateus Zimba, gestor no sector petrolífero, e José Viegas, ex-PCA da LAM como alguns beneficiários do esquema.
A justiça moçambicana está a investigar o caso Embraer.