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Odebrecht paga 3,4 mil milhões de dólares à justiça brasileira, americana e suíça


A empresa construtora brasileira Odebrecht e a petroquímica Braskem, do mesmo grupo, oficializaram nesta quarta-feira, 21, acordos com a justiça no Brasil, nos Estados Unidos e na Suíça nos quais comprometeu-se com o pagamento conjunto de cerca de 3,4 mil milhões de dólares para encerrar investigações na esteira da operação Lava Jato.

A informação foi confirmada pelas autoridades dos três países.

Nos acordos com o Ministério Público Federal (MPF), o Departamento de Justiça dos EUA a Procuradoria-Geral da Suíça, as companhias se comprometeram a revelar ilícitos praticados na Petrobras e outras esferas de poder, envolvendo agentes políticos de governos federal, estaduais, municipais e estrangeiros.

A Odebrecht pagará cerca de 1,3 mil milhões de reais ao longo de 23 anos, com recursos de vendas de activos e de geração de caixa das operações continuadas.

Deste montante, 1 bilhão de reais serão pagos a vítimas no Brasil.

Já a Braskem, controlada pela Odebrecht, pagará 1,1 mil milhão de reais, sendo 1,1 milhão de dólares no Brasil, disse o Ministério Público Federal em comunicado.

Com os juros que serão acrescidos ao longo do período, o montante total subiria para cerca de 3 mil milhões de dólares, ou cerca de 850 mil dólares.

Por seu lado, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos informou em comunicado que a Odebrecht pagou luvas para garantir contratos em mais de 100 projetos em Angola, Argentina, Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Guatemala, México, Moçambique, Panamá, Peru e Venezuela.

"De acordo com as confissões, a Odebrecht se envolveu num massivo e inigualável esquema de suborno e arranjo de licitação por mais de uma década, começando em 2001.

Durante esse período, a Odebrecht “pagou aproximadamente 788 milhões de dólares em suborno a funcionários do Governo, e partidos políticos em países com o objetivo de vencer negócios nesses países".

Ainda de acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Braskem, que também firmou acordo semelhante com os Estdos Unidose com a Suíça, admitiu ter pago milhões de dólares em em luvas entre 2006 e 2014 no Brasil.

"Em troca, a Braskem recebeu diversos benefícios, entre eles: tarifas preferenciais da Petrobras pela compra de matérias-primas utilizadas pela empresa; contratos com a Petrobras; e legislação favorável e programas governamentais que reduziram os passivos tributários da empresa no Brasil", diz o comunicado do departamento norte-americano.

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