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Lula da Silva acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro


Lula da Silva e esposa Marisa Silva
Lula da Silva e esposa Marisa Silva

Esposa do antigo Presidente Marisa Silva e o antigo ministro António Palocci entre os oito acusados no processo.

O Ministério Público Federal (MPF) acusou nesta quinta-feira, 15, o antigo Presidente brasileiro Lula da Silva, a esposa Marisa Letícia, o antigo ministro das Finanças e Chefe da Casa Civil António Palocci e mais cinco pessoas por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da operação Lava Jato.

A acusação ainda pediu à Justiça o ressarcimento de 75 milhões de reais (cerca de 25 milhões de dólares) à Petrobras.

O MPF afirma que Lula da Silva comandava "uma sofisticada estrutura ilícita para captação de apoio parlamentar" através de desvios na Petrobras.

A acusação diz que a Odebrecht pagou 25 milhões de dólares em luvas, desviados da Petrobras através de oito contratos com aquela empresa pública, valor que foi transferido a partidos e agentes políticos que integravam o Governo de Lula da Silva, em especial PP, PT e PMDB.

Parte desse valor foi usado na compra de um terreno para a construção da nova sede do Instituto Lula e de um imóvel vizinho ao apartamento do antigo Presidente, em São Bernardo do Campo.

De acordo com os procuradores, ficou constatado que o esquema de corrupção operado contra a Petrobras envolveu a actuação de Lula a favor de interesses económicos do Grupo Odebrecht, o antigo presidente do grupo Marcelo Odebrecht, e Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda.

Outros processos

Apesar de ser indiciado como comandante do esquema, Lula da Silva não foi acusado por crime de organização criminosa porque esse facto está em investigação no Supremo Tribunal Federal (STF).

Lula da Silva é réu em outros três processos relacionados à Operação Lava Jato.

Ele é suspeito de obstruir a Justiça ao actuar na compra de silêncio do ex-director da Petrobras Nestor Cerveró, de ter ocultado ser o dono de um apartamento em Guarujá, em São Paulo, no valor de 1,3 milhões de dólares e de ter recebido vantagem indevida da construtora OAS através do armazenamento de bens pessoais por quatro anos.

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