Neste mês faz três anos que seguimos a história de Amadu Buaro, um jovem sonhador de 28 anos que precisou parar os estudos porque não pôde continuar a pagar por eles.
Amadu quer ser um servidor público e gostaria de estudar relações internacionais, mas ainda precisa terminar a escola secundária. Em entrevista à Voz da América, contou que continua desempregado, bem como muitos dos seus amigos e colegas que ainda moram com os pais.
"No meu ponto de vista essa situação é muito triste e lamentável".
A Guiné-Bissau passa por uma crise política que já dura três anos. Foi em 16 de abril deste ano que o sétimo primeiro-ministro foi empossado pelo Presidente José Mário Vaz, eleito em 2014.
E o que esperar do futuro?
José Mário Vaz havia marcado eleições legislativas para o dia 18 de novembro, mas devido ao atraso no recenseamento eleitoral isso não foi possível. O Presidente quer esperar o fim do recenseamento para anunciar uma nova data.
Amadu, que já participou do recenseamento eleitoral, aguarda ansioso o anúncio da nova data. Ele sabe que o seu país só pode se desenvolver com estabilidade política e institucional.
“Quando a maioria dos jovens estão desempregados isso não ajuda no desenvolvimento de um país”.
Amadu fez um apelo às autoridades para que os jovens não sejam esquecidos porque eles deveriam ser a força motriz do país. Amadu também pediu que os interesses pessoais e partidários não sejam colocados acima dos interesses do país.
“Eles sempre devem se pautar pelo diálogo, pela estabilidade, a fim de que todos os jovens da Guiné possam ter empregos e possam trabalhar no sentido de desenvolver o país na melhor maneira possível”.
Para Amadu, o Presidente da República é a primeira figura que deve contribuir para a estabilidade do país.
"Ele é o factor de unidade nacional, que garante a estabilidade, e que deve olhar pelo desenvolvimento do nosso país. Ele é quem deve garantir a estabilidade e o progresso para todos na Guiné-Bisssau".
Confira a entrevista.
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