Nampula sob tensão depois de ataque a base da Renamo

  • Faizal Ibramugy

Ex-guerrilheiros da Renamo detidos no ano passado em Nampula

Residentes temem que, com a tomada da base do líder da Renamo em Sofala, Dhlakama venha a refugiar-se numa das suas bases em Nampula.
Residentes na cidade de Nampula temem que os incidentes da região centro do país, tenham repercussões no norte de Moçambique, considerado o bastião da Renamo.

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Nampula sob tensão depois de ataque à base da Renamo

No entender de alguns cidadãos ouvidos pela VOA, Nampula é uma área de forte influência da Renamo, pelo que não se pode falar de tranquilidade, enquanto ninguém realmente tiver a certeza do paradeiro do líder da Renamo Afonso Dhlakama e da sua guarda.

Os entrevistados temem que com a tomada da base do líder da Renamo em Sofala, Dhlakama venha a se refugiar numa das suas bases em Nampula. Importa referir, no entanto, que desde que a base do líder da Renamo foi tomada na região centro do país, a província de Nampula mostra-se relativamente calma.

A residência do líder da Renamo, na Rua das Flores, encontra-se guarnecida por membros da sua segurança pessoal, mesmo depois de Dhlakama de lá ter saido há cerca de um ano.

Na sede provincial do partido, o movimento é calmo, porém as pessoas que normalmente falam com a imprensa, têm os telefones desligados e o seu paradeiro é desconhecido. Entretanto, o governo provincial de Nampula diz que a situação da segurança pública está assegurada, não havendo por isso motivo de alarme.

No dia em que ocorreu o ataque, a Governadora de Nampula, Cidália Chaúque afirmou não haver razões de alarme, uma vez que, segundo ela, “o que se assistiu, foi uma forma encontrada pelo governo para garantir a Paz”.

Miguel Bartlomeu, porta-voz da Polícia em Nampula, disse à VOA que a corporação encontra-se em prontidão máxima, de forma a dar resposta a qualquer alteração da ordem e tranquilidade públicas. Importa referir que nas ruas e cafés só se falam dos ataques no centro do país.

É opinião unânime ter chegado a hora de um encontro entre o presidente da República, Armando Emílio Guebuza e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama.