O presidente moçambicano, Armando Guebuza, defendeu a necessidade de se manter o diálogo com a Renamo, um dia depois de tropas governamentais terem tomado a principal base militar do maior partido da oposição.
O tempo, disse Guebuza, "não é apropriado para inimizades, pois o maior perdedor é o povo moçambicano".
Guebuza falava em Mucheve, no segundo dia da sua presidência aberta em Sofala, tendo acusado a Renamo pelos recentes confrontos armados, na serra da Gorongosa, também naquela província do centro do país.
- A Renamo é fundada em 1970 por André Matsangaissa como um grupo rebelde anticomunista
- Desde 1979, é liderada por Afonso Dhlakama após a morte de Matsangaissa
- Renamo esteve envolvida numa sangrenta guerra civil durante 15 anos contra o partido Frelimo, no poder
- Em 1992, Renamo assina o acordo de paz com a Frelimo pondo fim à guerra civil em Moçambique
- Renamo é actualmente o principal partido político da oposição em Moçambique
Mucheve é considerado uma praça-forte da Renamo, uma vez que foi naquela zona que nasceu o seu líder, Afonso Dhlakama. Moçambique vive neste momento a sua pior crise política e militar desde a assinatura do Acordo de Paz em 1992, após o exército moçambicano ter desalojado ontem, Afonso Dhlakama, da base onde se encontrava aquartelado há mais de um ano, no centro do país.
A situação está calma, mas tensa na província de Sofala, depois do assalto das forcas do governo à base residencial do líder da Renamo em Santunjira e ataque dos guerrilheiros da Renamo a um posto policial em Maringue.
O presidente, que se encontra em Sofala em visita de trabalho, disse através do seu porta-voz, Edson Macuacua, que o governo defende o diálogo com todas as forças vivas da sociedade, incluindo a Renamo.
A Igreja, desde Católica, Protestante e Muçulmana, e a sociedade civil em geral condenam com veemência o recurso à guerra para resolver as diferenças políticas.
O padre Católico e antigo Reitor das Universidades Eduardo Mondlane e Católica de Moçambique, Filipe Couto, considera no entanto que Afonso Dhlakama foi libertado do cativeiro pelas forças armadas e apela à calma e ao diálogo sério e aberto sem recalcamentos.
Personalidades religiosas tais como bispos Jaime Gonçalves, Dinis Sengulane, Cardeal Dom Alexandre dos Santos, Sheik Aminudine e o doutor Brazão Mazula, do Observatório Eleitoral, reúnem-se amanhã para avaliarem a situação político-militar prevalecente no país.
O tempo, disse Guebuza, "não é apropriado para inimizades, pois o maior perdedor é o povo moçambicano".
Guebuza falava em Mucheve, no segundo dia da sua presidência aberta em Sofala, tendo acusado a Renamo pelos recentes confrontos armados, na serra da Gorongosa, também naquela província do centro do país.
Saiba Mais - Renamo
FACTOS MOÇAMBIQUE
- A Renamo é fundada em 1970 por André Matsangaissa como um grupo rebelde anticomunista
- Desde 1979, é liderada por Afonso Dhlakama após a morte de Matsangaissa
- Renamo esteve envolvida numa sangrenta guerra civil durante 15 anos contra o partido Frelimo, no poder
- Em 1992, Renamo assina o acordo de paz com a Frelimo pondo fim à guerra civil em Moçambique
- Renamo é actualmente o principal partido político da oposição em Moçambique
Mucheve é considerado uma praça-forte da Renamo, uma vez que foi naquela zona que nasceu o seu líder, Afonso Dhlakama. Moçambique vive neste momento a sua pior crise política e militar desde a assinatura do Acordo de Paz em 1992, após o exército moçambicano ter desalojado ontem, Afonso Dhlakama, da base onde se encontrava aquartelado há mais de um ano, no centro do país.
A situação está calma, mas tensa na província de Sofala, depois do assalto das forcas do governo à base residencial do líder da Renamo em Santunjira e ataque dos guerrilheiros da Renamo a um posto policial em Maringue.
O presidente, que se encontra em Sofala em visita de trabalho, disse através do seu porta-voz, Edson Macuacua, que o governo defende o diálogo com todas as forças vivas da sociedade, incluindo a Renamo.
A Igreja, desde Católica, Protestante e Muçulmana, e a sociedade civil em geral condenam com veemência o recurso à guerra para resolver as diferenças políticas.
O padre Católico e antigo Reitor das Universidades Eduardo Mondlane e Católica de Moçambique, Filipe Couto, considera no entanto que Afonso Dhlakama foi libertado do cativeiro pelas forças armadas e apela à calma e ao diálogo sério e aberto sem recalcamentos.
Personalidades religiosas tais como bispos Jaime Gonçalves, Dinis Sengulane, Cardeal Dom Alexandre dos Santos, Sheik Aminudine e o doutor Brazão Mazula, do Observatório Eleitoral, reúnem-se amanhã para avaliarem a situação político-militar prevalecente no país.