Uma manifestação convocada pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane na capital moçambicana para pedir justiça eleitoral nesta segunda-feira, 21, foi reprimida pela Polícia da República de Moçambique (PRM).
O próprio Mondlane foi atingido com gás lacrimogéneo quando falava aos jornalistas, que também foram alvo da polícia.
Veja Também Caso Dias e Guambe: "Maputo cheira a morte", Luís NhachoteMondlane falava na praça da OMM, local onde o seu advogado Elvino Dias e o mandatário do partido Podemos, Paulo Guambe, foram assassinados na madrugada de sábado, 19 de outubro.
Os agentes carregaram sobre dezenas de pessoas que se concentraram no local logo cedo e por volta das 10 horas dispararam tiros para o ar e gás lacrimogéneo em direção aos manifestantes, que responderam com pedras e alguns artefatos pirotécnicos.
Your browser doesn’t support HTML5
Assassinato de Dias e Guambe: "Onde estava o Mahindra?" - Quitéria Guirengane
No auge dos confrontos, Venâncio Mondlane pediu às pessoas que fossem para a casa porque "esta é a primeira etapa" e que "depois do enterro do Elvino, vamos indicar a segunda etapa".
"Estamos a prever quatro etapas que vão fazer parte do projeto de repúdio a este roubo que aconteceu", afirmou o candidato que continua a dizer ter sido vencedor das Presidenciais de 9 de outubro.
Veja Também Nações Unidas condenam o assassinato de Elvino Dias e de Paulo GuambeA Comissão Nacional das Eleições tem até o dia 24 para divulgar os resultados finais, mas os dados divulgados pelas comissões provinciais dão a vitória à Frelimo e ao seu candidato Daniel Chapo.
Veja Também Moçambique: Frelimo repudia "ato macabro" e Chapo pede investigação "célere, imparcial, independente e rigorosa"