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Caso Dias e Guambe: "Maputo cheira a morte", Luís Nhachote


Homenagem a Paulo Guambe e Elvino Dias, em Maputo, 19 de outubro
Homenagem a Paulo Guambe e Elvino Dias, em Maputo, 19 de outubro

Onde estava a polícia que frequentemente pode ser vista a patrulhar a área onde o crime aconteceu? - Questiona Quitéria Guirengane.

A capital moçambicana, Maputo, "cheira a morte (...) e parece uma cidade que acaba de vir de um velório do seu próprio país" é como o jornalista Luís Nhachote descreve a capital depois do assassinato de Paulo Guambe, mandatario do partido Podemos e Elvino Dias, conselheiro jurídico do candidato presidencial Venâncio Mondlane - na madrugada de sábado, 19.

Caso Dias e Guambe: "Maputo cheira a morte" - Luís Nhachote
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Os dois foram baleados quando se encontravam numa viatura de marca BMW.

Neste final de semana, várias pessoas passaram pelo local do crime para prestar uma homenagem e lamentar a brutalidade.

Alguns que vivem nas imediações partilham o que aconteceu na fatídica noite - um deles, sem dizer o nome, contou que a Polícia fez-se ao local cerca de uma hora depois e terá recolhido e destruído o telefone de uma senhora que havia filmado o ato.

Homenagem à Elvino Dias, conselheiro jurídico do candidato presidencial Venâncio Mondlane, e do mandatário do Podemos, Paulo Guambe.
Homenagem à Elvino Dias, conselheiro jurídico do candidato presidencial Venâncio Mondlane, e do mandatário do Podemos, Paulo Guambe.

Algumas pessoas estranham a chegada tardia da polícia, tendo em conta que na Praça da OMM, a menos de 500 metros do local, há sempre uma viatura estacionada com vários agentes.

"Onde estava o Mahindra?"

A ativista social Quitéria Guirengane lamenta o assassinato de Elvino Dias, conselheiro jurídico do candidato presidencial Venâncio Mondlane, e do mandatário do Podemos, Paulo Guambe.

Assassinato de Dias e Guambe: "Onde estava o Mahindra?" - Quitéria Guirengane
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Guirengane questiona onde estava a polícia, que frequentemente pode ser vista a patrulhar a área onde o crime aconteceu, em dias normais. "Onde estava o Mahindra (...) e as câmaras de segurança?"

Nhanchote também estranha a demora da polícia para prestar apoio, e acrescenta que isso só vem piorar a imagem da Polícia da República de Moçambique (PRM) que já está manchada, devido à vários episódios similares e uso excessivo da força em protestos.

O Ministro do interior, Pascoal Ronda, pediu colaboração de todos para esclarecimento do crime e apelou para a celeridade nas investigações, depois de a Polícia da República de Moçambique (PRM) ter apontado causas conjugais como a causa.

Venâncio Mondlane acusou, no sábado, 19, as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique de serem responsáveis pelas mortes, informou que a greve convidada para segunda-feira, 21, "está marcada e reafirmada" e avisou a polícia para não perturbar a manifestação.

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