Veteranos contestam
O líder do Fórum dos Desmobilizados de Moçambique, Hermínio dos Santos, acusou o governo de "arrogância" por ter aprovado um regulamento "discriminatório" , ameaçou realizar mais manifestações. Herínio promete levar o governo moçambicano ao Tribunal Internacional de Haia, em nome dos direitos dos veteranos da guerra.
O Conselho de Ministros de Moçambique aprovou,na terça-feira, o Regulamento do Estatuto do Veterano da Luta de Libertação Nacional e dos Desmobilizados de Guerra, que reconhece o direito a pensão, mas exclui os elementos das milicias e que não especifica o valor das pensões a atribuir.
O estatuto reconhece o direito a uma pensão a calcular em fórmula ainda por definir, não só para os combatentes da guerra colonial, como acontecia com o anterior estatuto, como para os militares do exército governamental e ex-membros da guerrilha da RENAMO, agora principal partido da oposição, que se confrontaram durante a guerra civil que se seguiu à independência do país, em 1975.
Os desmobilizados tinha exigido uma pensão mensal de 12 mil metais, cerca de 400 dólares americanos.