A União Africana declarou formalmente o Exército da Resitencia do Senhor do Uganda – LRA - como grupo terrorista.
A UA apelou ao Conselho de Segurança das Nações Unidas a fazer o mesmo.
Peter Heinlein da VOA em Adis-Abeba diz que a decisão da União Africa sobre o LRA é a primeira do género na história da organização .
Esta decisão do Conselho de Paz e Segurança da União Africana anunciada ontem, é sem precedentes e segue-se ao envio no mês passado pelo presidente americano Barack Obama de 100 operacionais das forças armadas para o Uganda a fim de apoiar no combate ao LRA e captura do seu líder Joseph Kony.
Kony foi indiciado pelo Tribunal Penal Internacional em 2005 de crimes de guerra mas até ao presente tem conseguido escapar-se
O Comissário para Paz e Segurança da União Africana, Ramtane Lamamra disse que a iniciativa regional destina-se a por fim com esse grupo rebelde que durante mais de 20 anos tem morto milhares de pessoas, violado e raptando mulheres e crianças no Uganda, Republica Centro Africana, Republica Democratica do Congo e Sudão do Sul.
“Podemos dizer com segurança que a iniciativa regional da União Africana que destina-se a neutralizar o LRA foi aprovada pelo Conselho de Paz e Segurança.”
O Comissário Lamamra apelou ao Conselho de Segurança das Nações Unidas a reforçar a campanha regional e adoptar uma resolução similar contra o LRA.
Acredita-se que actualmente esse grupo rebelde dispõe de apenas umas centenas de combatentes, mas ainda assim é capaz de operar em zonas remotas das regiões do centro e leste da Africa.
O antigo senador americano Russ Feingold num artigo publicado esta semana no Atlantic online, disse que o combate ao LRA não é apenas uma questão de armas.
Feingold disse que o objectivo de neutralizar o grupo rebelde só terá sucesso se os governos na região resolverem os problemas políticos e económicos que de certa forma são usados como argumentos pelo LRA.
Entretanto as agências de noticias indicaram que as operações para a eliminação de Joseph Kony o líder do Exército da Resistencia do Senhor, estão a progredir. Nos últimos dias, vários dos seus seguidores renderam-se às autoridades.