Movimento Islâmico critica a forma como o executivo tem agido no que toca à laicidade e a tradição indumentária muçulmana
O Governo moçambicano fechou-se a sete chaves nesta Segunda-feira sobre o pronunciamento de um grupo de muçulmanos em Nampula relativamente ao uso do véu islâmico nas escolas do Estado.
Mesmo a dinâmica e sempre bem-disposta Ministra da Justiça, Benvinda Levi, evitou falar sobre o assunto.
Entretanto, uma fonte do governo disse à Voz da América que o assunto é muito sensível e poderá ser discutido nesta Terça-feira no Conselho de Ministros, pelo que antes disso ninguém está autorizado dentro do executivo a fazer qualquer comentário.
O Movimento Islâmico de Moçambique (MIMO) aproveitou a festa do Ramadão para denunciar aquilo que considera "dificuldades das mulheres em se vestirem" segundo a sua religião, acusando o governo moçambicano de "desconhecimento dos direitos religiosos consagrados na Constituição".
Num comunicado por ocasião do Ide-Ul-Fitre, festividade muçulmana que assinala o fim do mês do Ramadão, o movimento manifesta a sua apreensão.
Como exemplo, a organização cita "as dificuldades das mulheres em se vestirem de acordo com os princípios da sua religião", uma questão que tem sido polémica em Moçambique.
O ministério da Educação autorizou recentemente o uso do véu islâmico nas escolas, revogando um anterior despacho que o proibia, mas limitando-o ao período do Ramadão.
Um grupo de muçulmanos disse ontem em voz alta na cidade de Nampula que não quer limitação e promete contrariar a medida.
O movimento exige ao Governo de Moçambique "que esclareça a sua interpretação da laicidade do Estado, já que este tem sido o argumento para sustentar o seu anti-islamismo" - estávamos a citar o comunicado.
No documento, a organização critica também a alegada incapacidade demonstrada pelo Governo" relativamente à recente onda de crimes, dos quais os mais mediáticos têm sido os raptos dirigidos contra empresários da comunidade muçulmana, vista como sendo a mais próspera do País.
Em Maputo, dirigentes do Conselho Islâmico também não querem falar sobre a posição do Movimento Islâmico, dizendo que está misturada com política. Moçambique vai às eleições municipais no próximo ano e gerais em 2014.
Qualquer pronunciamento em falso é considerado perigoso neste momento até porque Nampula é o maior círculo eleitoral do País. Mas a novela sobre o véu islâmico ainda promete muito.
Mesmo a dinâmica e sempre bem-disposta Ministra da Justiça, Benvinda Levi, evitou falar sobre o assunto.
Entretanto, uma fonte do governo disse à Voz da América que o assunto é muito sensível e poderá ser discutido nesta Terça-feira no Conselho de Ministros, pelo que antes disso ninguém está autorizado dentro do executivo a fazer qualquer comentário.
O Movimento Islâmico de Moçambique (MIMO) aproveitou a festa do Ramadão para denunciar aquilo que considera "dificuldades das mulheres em se vestirem" segundo a sua religião, acusando o governo moçambicano de "desconhecimento dos direitos religiosos consagrados na Constituição".
Num comunicado por ocasião do Ide-Ul-Fitre, festividade muçulmana que assinala o fim do mês do Ramadão, o movimento manifesta a sua apreensão.
Como exemplo, a organização cita "as dificuldades das mulheres em se vestirem de acordo com os princípios da sua religião", uma questão que tem sido polémica em Moçambique.
O ministério da Educação autorizou recentemente o uso do véu islâmico nas escolas, revogando um anterior despacho que o proibia, mas limitando-o ao período do Ramadão.
Um grupo de muçulmanos disse ontem em voz alta na cidade de Nampula que não quer limitação e promete contrariar a medida.
O movimento exige ao Governo de Moçambique "que esclareça a sua interpretação da laicidade do Estado, já que este tem sido o argumento para sustentar o seu anti-islamismo" - estávamos a citar o comunicado.
No documento, a organização critica também a alegada incapacidade demonstrada pelo Governo" relativamente à recente onda de crimes, dos quais os mais mediáticos têm sido os raptos dirigidos contra empresários da comunidade muçulmana, vista como sendo a mais próspera do País.
Em Maputo, dirigentes do Conselho Islâmico também não querem falar sobre a posição do Movimento Islâmico, dizendo que está misturada com política. Moçambique vai às eleições municipais no próximo ano e gerais em 2014.
Qualquer pronunciamento em falso é considerado perigoso neste momento até porque Nampula é o maior círculo eleitoral do País. Mas a novela sobre o véu islâmico ainda promete muito.