A fraca capacidade e desconhecimento impedem as empresas moçambicanas de desfrutar de uma excelente possibilidade de exportar os seus produtos para os Estados Unidos da América sem o pagamento de taxas alfandegárias, dizem produtores e especialistas em comércio.
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A Lei Africana de Crescimento e Oportunidade (AGOA) permite que as empresas moçambicanas coloquem no mercado americano 6,500 produtos diversos. É intenção do governo americano impulsionar as exportações do continente.
Empresários e especialistas dizem que AGOA é conhecido por poucos.
Neste momento, Moçambique exporta para os Estados Unidos camarão, atum e açúcar, mas a meta de produção deste último produto está comprometida, disse a directora da Indústria e Comércio, Josefa Sing Sang.
E se a meta não for cumprida, em termos de exportação, restam apenas o camarão e o atum, o que é pouco tendo em conta que AGOA pretende também promover a criação de emprego.
O agricultor António Niquice nega que a questão tenha a ver com a falta de conhecimento. Há constrangimentos da própria cadeia de exportação e rígidas exigências fitossanitárias do mercado americano, diz Niquice.
A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), que tem a missão de apoiar as empresas, sobretudo na prospecção de mercado, diz que não é falsa a questão da falta de conhecimento do AGOA, mas existem outros aspectos importantes.
O economista Eduardo Sengo, da direcção da CTA, faz referência ao facto de muitas empresas moçambicanas terem níveis de produção e produtividade muito baixos.
As autoridades moçambicanas dizem que é preciso investir para aumentar as exportações.