O presidente da Comissão Executiva do Banco BIC português e ex-ministro português da Indústria, Mira Amaral, defendeu reformas económicas consentâneas em Moçambique, por forma a transformar as potencialidades existentes no sector dos recursos naturais, em oportunidades de desenvolvimento nacional.
Mira Amaral, que falava nesta segunda-feira, no decurso de uma conferência sob o tema “A Economia Global e o Espaço da Lusofonia” em que era o orador principal, considera que o gás natural, carvão mineral e o petróleo descoberto - cujas pesquisas na Bacia do Rovuma são consideradas animadoras - constituem, a par do potencial na agricultura e no turismo, uma força motriz para desenvolver o país.
“O governo tem que criar um clima de confiança e políticas económicas correctas que permitam atrair investimento estrangeiro, permitam dar confiança aos investidores, quer moçambicanos quer estrangeiros. Se isto acontecer, Moçambique tem um potencial enorme, em termos de recursos naturais, em particular, que venham permitir crescer,” disse o presidente do BIC a jornalistas,à margem da conferência.
Tal como Moçambique, Mira Amaral considera que Angola é também um caso de realce entre os países de língua oficial portuguesa, em particular, os africanos.Na sua opinião, estes dois países têm dado sinais positivos de crescimento e estabilidade, em tempos de crise financeira que marca o mercado global.
Numa outra abordagem, Mira Amaral afastou qualquer possibilidade de contágio da crise enfrentada pelos bancos portugueses porque, no contexto actual parte destes, contam com participações expressivas ao nível da banca quer em Moçambique, quer em Angola.
Banqueiro português Mira Amaral afastou qualquer possibilidade de contágio da crise enfrentada pelos bancos portugueses