Ministério Público interroga jovens detidos no sábado em Luanda

Nito Alves, Mbanza Hamza, Luaty Beirao, activistas angolanos

Os jovens do Movimento Revolucionário participavam de um curso sobre 198 técnicas para retirar um ditador do poder de forma pacífica.

Os 13 jovens integrantes do chamado Movimento Revolucionário detidos no sábado, 20, em Luanda, começaram a ser ouvidos nesta segunda-feira pelo Ministério Público.

Acusados de estarem a preparar-se “para realizar actos tendentes a alterar a ordem e a segurança publica do país”, segundo nota do Serviço de Investigação Criminal (SIC), os jovens foram presos quando saíam do que consideram um curso de refrescamento baseado no livro “Ferramentas para destruir um ditador”, a ser lançado em breve por Domingos da Cruz.

Segundo soube a VOA, mais de duas dezenas de jovens vêm participando no que consideram uma formação sobre 198 técnicas para retirar um ditador do poder de forma pacífica.

Colegas ameaçam reagir se activistas não forem soltos

No Sábado, à saída do “bunker” onde estavam reunidos, a polícia deteve os 13 participantes e os levou para as respectivas casas, onde foram obrigados a entregar todo o tipo de material ligado a essa iniciativa ou a qualquer outra contra o regime.

Entre os detidos estão Nito Alves, Mbanza Hamza e Luaty Beirão.

Nesta segunda-feira, alguns tinham já tinham sido ouvidos pelo Ministério Público e os restantes deverão ser interrogados nas próximas horas.

Na emissão de hoje, a partir das 17 UTC, a VOA, que falou com o chefe dos Serviços de Investigação Criminal Eugénio Alexandre e outras fontes, terá mais informações sobre o caso.