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"Angolanos não sabem da gravidade do que se passa nas Lundas", Zecamutchima


José Mateus Zecamutchima, Protectorado das Lundas
José Mateus Zecamutchima, Protectorado das Lundas

Contudo, governo nega que situação dos direitos humanos esteja a piorar

Os angolanos desconhecem na generalidade a situação que se vive nas Lundas, disse o dirigente do Movimento do Protectorados das Lundas José Mateus Zecamutchima.

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Para o dirigente desta organização que luta pela autonomia daquela região o livro do jornalista e activista Rafael Marques “Diamantes de Sangue” que foi alvo de várias acções judiciais por parte de figuras do governo, retrata a realidade naquelas províncias.

"Os angolanos não conhecem a realidade das Lundas, quem está na cidade não conhece o que se passa na mata”, disse Zecamutchima.

“Na Lunda há situações graves de assassinatos que os angolanos precisam conhecer e dar voz,” afirmou, acrescentando que ele, seus familiares e muitas outras pessoas "sofrem na carne e osso" e choram por quem perderam.

O dirigente do Movimento do Protectorado das Lundas disse que o seu movimento entregou um relatório minucioso sobre o que se passa nas Lundas ao ministro da Justiça e dos Direitos Humanos mas até ao momento não obteve nenhuma resposta.

“Não existe nenhuma reacção, a impunidade continua. Até hoje nem água vai nem água vem", reclamou, acrescentando que o “o país está a regredir em termos de Direitos Humanos em todos os aspectos".

Por outro lado, o secretário de Estado dos Direitos Humanos, António Bento Bembe, pensa que a realidade no momento neste capitulo é muito diferente do que se diz.

"Hoje a realidade em Angola testemunha por si e olhando para várias medidas de políticas que estão a ser implementadas pelo Executivo mostram uma certa sensibilidade das autoridades públicas angolanas no cumprimento do contexto dos direitos humanos".

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