Luaty Beirão não quer tratamento diferenciado, anuncia a família

Luaty Beirão (foto de aqruivo)

A família de Luaty Beirão diz que o activista “abdica de poder ser tratado de forma diferenciada, por convicção e respeito aos seus restantes companheiros presos.”

A sua esposa, Mónica Almeida, disse à imprensa que “ele é angolano. Também é português, mas é angolano. Nasceu e vive em Angola e está a ser acusado como angolano”.

A posição é interpretada como sinal de que Luaty dispensa o apoio português para a sua libertação.

No comunicado citado pela imprensa portuguesa lê-se também que Luaty “espera poder continuar a contar com toda a crescente solidariedade da sociedade civil portuguesa e europeia relativamente a este caso, que é um caso de liberdade de expressão e direitos humanos que envolve um grupo de pessoas.”

Diplomatas de países da União Europeia, entre os quais Portugal, visitaram o activista, na semana passada, numa clinica privada, em Luanda.

Luaty e outros jovens angolanos é acusado de ter estado a preparar uma rebelião e atentando contra o Presidente de Angola. Há mais de um mês que está em greve de fome.

Reporta-se que Luaty pretende continuar com a greve e retornar ao “convívio” dos outros acusados, que vão a julgamento a 16 de Novembro, no Tribunal Provincial de Luanda.