Na província angolana do Namibe está a ser implementado desde 2012 um programa para introduzir as línguas nacionais nas escolas.
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Hoje o sector da educação controla mais de dois mil estudantes do ensino primário que também aprendem nas escolas publicas as línguas nacionais, nomeadamente “Nhaneca, Humbi e Umbundu”, disse César Joaquim, chefe do Departamento de Línguas nacionais na administração provincial do ensino .
Respondendo os equívocos que levaram a escolha da língua Nhaneca e Humbi em detrimento das línguas locais, nomeadamente Cuvales, Vatua e Muhimba, Joaquim disse tratar-se de um decisão do Ministério da Educação, com base num estudo que indica que nos Municípios do Camucuio, Bibala e Namibe, fala-se mais a língua Nhaneca-Humbi, uma das línguas com bibliografias, ao contrário do Kuvale e Himba cujo o estudo está em curso.
Quando ao facto do Umbumbu, que está a ser ensinado na província, o responsável disse tratar-se de uma língua nacional que a nível do país colocou-se acima dos 30%, e é portanto, considerada maioritária a nível do país.
Para muitos, a implementação das línguas nacionais nas escolas é bem vinda desde que não discrimine outros grupos ou subgrupos étnicos, sobretudo os chamados minoria.
Feliciano Edy Bonga, estudante universitário, fala e escreve fluentemente a língua nacional Umbundu. Afirma-se regozijado com o projecto, que na sua optica valoriza a identidade cultural dos angolanos.
Para Bonga as línguas nacionais são “um diamante no subsolo que não estava a ser explorado”.
As instituições religiosas, através das respectivas missões evangélicas e católicas, são apontadas como sendo as escolas angolanas que na era colonial e mesmo nos primeiros anos da Independência de Angola souberam interpretar os sinais dos tempos futuros, ao fazer caminhar junto ao ensino da língua portuguesa as línguas nacionais ou locais, proporcionando, inclusive, literaturas para potenciar os estudantes e incentivar nos estudantes .