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Autoridades de Namibe apertam cerco à febre aftosa


 Namibe (Foto de Arquivo)
Namibe (Foto de Arquivo)

Doença ameaça gado e vidas humanas.

Autoridades veterinárias no Namibe enfrentam um surto de febre aftosa ao longo da fronteira com a Namíbia, que pode por em risco muitas cabeças de gado e a própria saúde pública. O Director Provincial do Namibe da Agricultura e Desenvolvimento Rural Gabriel Felix disse à Voz da América que o gado constitui principal riqueza dos autóctones nesta região do país e por isso deve ser defendido.

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Os técnicos veterinários trabalham no cordão formado ao longo da fronteira com a Namíbia e nas principais vias da transumância, ao longo das linhas limítrofes com as províncias vizinhas do sul de Angola, visando impedir a entrada da doença no Namibe.

É que a doença não só provoca a doença e o consequente abatimento do gado, como também pode atacar pessoas que comam carne infectada.

Em termos de gado, na região sul de Angola, segundo estatísticas disponíveis, a província da Huila lidera com cerca de um milhão e 250 mil, seguido de Cunene (900 mil) e o Namibe (650 mil)

Já no domínio das espécies ovino e caprino, a província do Namibe lidera a lista com cerca de dois milhões de animais.

Entretanto, o surgimento do surto da febre aftosa no norte da Namíbia e em algumas zonas da região sul de Angola nos últimos dias levou à integração dos técnicos veterinários da província do Namibe na comissão mista Angola/Namíbia, que trabalhou na colheita de sangue das bestas e estudo laboratorial que determinou a confirmação do surto nesta região.

O chefe dos serviços veterinários do Namibe Paulo Luís disse à imprensa ter constatado os danos causados pela doença aos criadores de gado no norte da Namíbia e em algumas regiões do sul de Angola, onde o surto se faz sentir.

A província de Namibe partilha a fronteira comum com a Namíbia, através da foz do rio Cunene, daí o risco eminente de contaminação da doença devido à livre circulação de pessoas e animais. Entretanto, do diagnóstico feito ainda não se registou nenhum caso da febre aftosa nas terras da mulher mucubal.

O chefe dos serviços veterinários do Namibe defende uma ampla campanha de sensibilização no seio dos criadores de gado para o cumprimento das medidas impostas para a contenção da doença.

A VOA apurou que o gado constitui a principal riqueza dos autóctones desta região no sul de Angola.

O surto da febre aftosa no seio da população bovina pode trazer consequência nefastas para estas comunidades, que, nos últimos cinco anos, em consequência da seca viu as suas manadas de gado a perecer sem contemplações.

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