O Tribunal Provincial de Luanda adiou para a próxima terça-feira, 14, a leitura da sentença do “caso Rufino” em virtude de a juíza estar doente.
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Rufino António, de 14 anos, foi morto em Agosto de 2016 na Zona Económica Especial no Zango, arredores de Luanda, quando tentava impedir que militares demolissem a casa dos pais.
Enquanto aguarda a sentença, o advogado da família de Rufino, Luís do Nascimento, disse que era pretensão dele ter no tribunal a presença dos autores morais do crime e não apenas os militares, acusados como autores materiais.
Entre os mandantes, Nascimento aponta o Comandante Wala e o antigo Chefe de Estado-Maior das Formas Armadas, general Geraldo Sachipengo Nunda.
Entretanto, ainda segundo o advogado, o Comandante Wala informou encontrar-se no exterior do país, enquanto Geraldo Sachipengo Nunda não apresentou qualquer justificação pela ausência.
Apesar de tudo, Luís do Nascimento afirmou não fazer qualquer diferença no caso porque o Estado deve assumir os encargos todos.
"Para nós, isto é indiferente porque está visto que a responsabilidade é do Estado que tem de arcar com as consequências porque é responsável pelos actos de seus órgãos e agentes quando estão em funções”, defendeu o advogado.
Aguarda-se agora a leitura da sentença.