Dezenas de mototaxistas manifestaram-se hoje no Namibe contra o que dizem ser contante perseguição policial.
Os “kupapatas”percorreram a principal avenida do mercado 5 de Abril, passando pelo bairro Kassanji, e largo Espírito Santo até a Rádio Nacional onde manifestaram o seu descontentamento alegando estarem a ser perseguidos pelos agentes da polícia de trânsito mesmo depois de terem sido liberados da fase de emergência.
Há muito que os mototaxistas protestam contra a alega perseguição policial e manifestação de hoje foi despoletada pelas acções da polícia na aplicação da lei que, segundo as autoridades, exige que o passageiro da moto também use capacete nesta fase de combate ao coronavírus
“O que se passa é que estão a agarrar esta época da pandemia e exigir dois capacetes é muito complicado, que se exija pelo menos um apenas”, disse Fie João que acusou a polícia de usar métodos perigosos “empurrando e fazendo cair” os taxistas e os seus passageiros.
.” É isto que nos levou á RNA-Namibe protestar”, disse Fiel
Um outro “kupapata”, Wilson, disse não enender as acções da polícia porque os mototaxistas estão autorizados a exercer a sua actividade nesta fase de restrições impostas para se combater o coronavírus.
O porta-voz do Comando Provincial do Namibe da Polícia Nacional, Ernesto Calianguila disse àVoz da América que a polícia apenas está a cumprir com o seu papel visando respeitar o código de estrada que prevê o uso obrigatório do capacete para as duas pessoas que fazem o uso de motorizadas.
“ O que estamos a fazer é apenas fazer cumprir o que está estabelecida no decreto que legisla a matéria que é o uso de álcool-gel, desinfectar a motorizada, o uso da máscara facial e o uso de capacetes”,disse
Os “kupapatas” dizem que estão a sofrer por não existir uma associação que os defende no Namibe.
A VOA procurou ouvir o Presidente da AMOTRANG, em Luanda, Bento Rafael sem sucesso.
Mais de quinhentas motas foram apreendidas pela polícia desdea entrada dos decretos presidenciais na prevenção do covid-19 e muitas destas motas segundo fontes policiais são furtadas e outras não possuem documentos legais.