O exército israelita ordenou aos residentes de 23 aldeias do sul do Líbano que evacuassem para zonas a norte do rio Awali, que corre do vale ocidental de Bekaa para o Mediterrâneo.
A ordem, comunicada através de um comunicado militar, menciona as aldeias do sul do Líbano que foram recentemente alvo de ataques israelitas, muitas das quais já se encontram praticamente vazias.
Os militares israelitas declararam que as evacuações eram necessárias para a segurança dos residentes devido ao aumento das actividades do Hezbollah, alegando que o grupo está a utilizar locais para esconder armas e lançar ataques contra Israel. O Hezbollah nega que esteja a esconder as suas armas entre os civis.
As forças de manutenção da paz da ONU no Líbano (UNIFIL) alertam para um conflito regional “catastrófico. Um porta-voz das forças de manutenção da paz da ONU no Líbano disse temer que a escalada israelita contra os militantes libaneses do Hezbollah no sul do país possa em breve ficar fora de controlo.
O porta-voz da UNIFIL, Andrea Tenenti, disse à AFP que a escalada israelita contra os militantes libaneses do Hezbollah no sul do país pode em breve sair do controlo.
O conflito entre Israel e o Hezbollah, que eclodiu há um ano, quando o grupo terrorista apoiado pelo Irão e designado pelos EUA começou a lançar foguetes contra o norte de Israel, em apoio ao Hamas, no início da guerra de Gaza, agravou-se dramaticamente no último mês.
Your browser doesn’t support HTML5
A escalada entre Israel e o Irão aumenta os receios de uma guerra mais vasta e de um envolvimento direto dos EUA
Segundo o governo libanês, a intensificação dos ataques israelitas no sul do Líbano, no vale do Bekaa e nos subúrbios do sul de Beirute obrigou cerca de 1,2 milhões de pessoas a abandonar as suas casas desde 23 de setembro.
O Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas afirmou no sábado que o número de libaneses deslocados é agora superior ao registado durante a última grande guerra entre Israel e o Hezbollah, em 2006, quando cerca de um milhão de pessoas fugiram das suas casas.
c/ AP e AFP