Guiné-Bissau: ONU não reconhece Nhamadjo e dá palavra a Raimundo Pereira

Derrotado. Vai voltar sem falar. Serifo Nhamadjo

CPLP continua contactos com CEDAO que diz que a situação em Bissau é "irreversível"
O governo da Guiné Bissau saído do golpe de estado de 12 de Abril sofreu uma derrota diplomática quando a ONU recusou Sexta-feira dar a palavra a Serifo Nhamadjo na Assembleia Geral da organização.

Com efeito a lista oficial da ONU de oradores à sessão da Assembleia geral indico que Raimundo Pereira ira falar Sexta-feira à tarde a este órgão da ONU às 15 horas locais, deitando por terra as aspirações do governo saído do golpe de ser reconhecido internacionalmente.

A Comunidade de Países de Língua Portuguesa, CPLP parece ter assim triunfado nas suas iniciativas diplomáticas para impedir Nhmadjo de falar a esta reunião a que assistem centenas de chefes de estado e governo.

A decisão de quem fala perante a assembleia geral pertence em última analise ao Comité de Credenciais da assembleia que é formado por nove países entre os quais Angola e Estados unidos. Os outros países membros são a China, Peru, Rússia, Seychelles, Suécia, Tailândia e Trinidad.

Quinta-feira á noite o embaixador da Guiné Bissau na ONU João Soares da Gama foi citado pela agência Lusa como tendo dito que recursos tinham sido efectuados mas o secretário executivo da CPLOP Murade Murargy disse que os recursos não tinham “qualquer base legal”.

A visita de Nhamadjo estava assim Sexta-feira de manhã a caminho de um total falhanço diplomático.

Já ontem o director da agencia da ONU sobre Drogas e Crime, Yuri Fedotov, tinha dito que a sua organização não matem qualquer contacto com o que chamou de “junta militar” acrescentando que o transito de drogas na guine Bissau esta claramente a aumentar desde o golpe de estado.

Mesmo antes de Nhamadjo partir para Nova Yorque os Estados Unidos tinham tornado claro que a emissão de visto para a visita do presidente da Guiné Bissau a Nova Iorque, para participar na Assembleia Geral da ONU, é uma formalidade e que a posição americana face ao governo de Bissau não mudou.

Ontem a vice presidente da Gambia disse que os acontecimentos na Guine Bissau e no Mali são uma ameaça à paz e estabilidade na região e disse que a comunidade internacional tinha que aactuar mediata e rapidamente para resolver a situação na Guiné Bissau.

“Não podemos permitir que terroristas, traficantes de drogas e gangues organizados de criminosos estabeleçam santuários nas nossas zonas disse Isatou Njie Saidy.
Algo d positivo para as autoridades de Bissau é o facto de que segundo o secretário executivo da CPLP, a Comunidade de desenvolvimento da africa ocidental CEDAO continuar a considerar que a actual situação é “irreversível” o que implica a falta de um acordo com a CPLP

O secretário executivo da CPLP, Murade Murargy admitiu agora possibilidade da organização enviar uma missão para a Guine Bissau para avaliar a situação no terreno.

Estavam previstos par a Sexta-feira mais contactos entre a CPLP e a CEDAO com a presença de representantes da União Africana, União Europeia e Nações Unidas