Poucos dias após o protesto de dezenas de candidatos à docência, o governador de Benguela, Rui Falcão, defende mecanismos para o fim de irregularidades nos concursos públicos, assegurada que está a integração de 466 novos professores, metade do grupo que exige colocação.
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O governante realça que há um défice elevado, mas lembra que o sistema de gestão financeira do Estado não permite absorver todos os candidatos com contratos rubricados à luz dos concursos de 2014 e 2016.
Pelo menos 400 jovens com resultados satisfatórios nestes concursos públicos terão de aguardar por novas oportunidades, ainda que a província registe um défice de quatro mil professores.
De acordo com Rui Falcão, o novo ano lectivo, para o qual estão garantidos 21.597 professores, impôs um grande esforço junto do Tribunal de Contas, a entidade que detectou anomalias no processo de admissão.
"Mas este esforço não cobre a totalidade das necessidades. Encontrámos os concursos públicos anulados, pelo que fizemos um esforço muito grande para integrar estes novos professores no sistema. Tivemos e analisar caso a caso’’, refere o governador.
Por esta razão, aponta Falcão, os próximos concursos devem ser assegurados por quadros à altura da correria própria de uma sociedade com altos níveis de desemprego
“O sector da Educação precisa de quadros capazes de promover concursos sem esquemas íntimos. Vamos aumentar a exigência, queremos retirar Benguela dos níveis de erros do passando recente’’, sustenta o governante.
Após o protesto à porta do Governo, numa manifestação reprimida pela Polícia, um grupo de professores admitidos manifestou descontentamento através de uma carta endereçada a Rui Falcão.
O subsistema do ensino na província de Benguela conta com 952. 356 alunos.