Estrangeiros culpados por crise de saúde na Lunda Norte

Refugiados da RDC em Lunda Norte,

Equipa do Ministério da Saúde investiga as causas de mortes atrbuídas à malária

A ministra da Saúde de Angola, Sílvia Lutukuta, e o soba da região do Cafunfo disseram que a grande afluência de estrangeiros à Lunda Norte está a dificultar os trabalhos de prevenção e cura de doenças.

Lutukuta falava no município do Cuango onde residentes continuam a dizer que o número de mortes entre crianças é ainda enorme.

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Mortes continuam no Cafunfo - 2:14

Deputados da UNITA disseram recentemente que se estavam a registar centenas de mortes por uma doença misteriosa, tendo o governador da Lunda Norte, Ernesto Mwangala, refutado as acusações em entrevista à VOA.

Nas declarações, Mwangala acusou mesmo o deputado da UNITA, Joaquim Nafóia, de querer incitar a população, afirmando que as mortes se devem à malária e ao facto de familiares levarem os doentes já tardiamente para os hospitais.

A ministra da Saúde que esteve este fim-de-semana no Cafunfo disse que a existência de uma população com “poucos recursos” é uma das causas das mortes.

“Temos um grande fluxo de estrangeiros ao município por causa do garimpo e tudo isto acaba por dificultar o trabalho das autoridades locais na toma de medidas e de solução de problemas”, disse a ministra, para quem é preciso também e “principalmente, educar muito mais a nossa população”.

Sílvia Lutukuta afirmou que o seu Ministério enviou para a zona “uma equipa diferencia com epidemiologistas, cientistas de saúde publica, técnicos de laboratórios e não só, que estão no terreno a fazerem testagens adicionais”.

Além dos testes à malária, esses testes têm também como objectivo excluír outras possibilidades das febres que estão a afectar as crianças, acrescentou.

Já o soba da região disse que o Governo angolano tem que “rever a situação do Cafunfo, "no que diz respeito à presença de cidadãos estrangeiro"s.

“São esses estrangeiros que nos estão a trazer muita doença”, concluiu.