Analistas advertem sobre o possível agravamento das condições de vida da população, após o governo não ter cumprido o pagamento da prestação de 59,8 milhões de dólares das chamadas dívidas ocultas, prevista para janeiro corrente.
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Na perspectiva de vários analistas, este endividamento progressivo acaba por ser, geralmente, insustentável, na medida em que a aposta do crescimento económico tem sido usar a poupança externa, que implica que Moçambique recorra ou por via do investimento directo estrangeiro ou do crédito comercial e doações.
Nos últimos anos, a opção das autoridades moçambicanas tem sido aumentar o crédito comercial, e este processo, segundo o economista António Francisco, director do Instituto de Estudos Económicos e Sociais (IESE), tem um grande problema, sobretudo porque Moçambique "não tem uma economia a crescer com base em poupanças internas significativas".
Esta semana, o Governo, através do ministério das Finanças, anunciou que não vai pagar a prestação prevista para este mês, o que para alguns analistas vai contribuir para o agravamento das condições de vida da maioria dos moçambicanos.